terça-feira, 16 de julho de 2013

Reitoria: Ocupada!!!!

Reitoria da UNESP ocupada pelxs estudantes conforme deliberado pela Plenaria do DCE este fim de semana com a presença de 9 campi!!!! em breve, mais infos!!!! Permanencia, cotas, democracia!!!!

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Moção de apoio aos estudantes da UNESP de Botucatu que ocuparam o prédio da administração e repúdio às ameaças de reintegração de posse!

Os estudantes em greve da Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP de Marília declaram todo apoio à ocupação do prédio da administração da UNESP de Botucatu e o completo repúdio a qualquer ameaça de reintegração de posse! Consideramos que as pautas dos estudantes pela abertura do Restaurante Universitário e pela garantia de transporte que ligue os dois campi e a Moradia Estudantil são fundamentais para garantir mínimas condições de ensino.
A opção por utilizar a ação policial mostra a incapacidade de diálogo e de argumentos por parte das diretorias de Botucatu e da Reitoria. Os estudantes da UNESP não aceitarão a reintegração em Botucatu ou em qualquer unidade. Se necessário, iremos para Botucatu reforçar a resistência contra a ação policial e promoveremos uma série de ações em todo o Estado contra a repressão. Não esquecemos e não permitiremos que se repita o episódio da desocupação da direção da UNESP de Araraquara em 2007. Abaixo à repressão dentro e fora das universidades contra estudantes, trabalhadores e movimentos sociais!

A polícia militar representa a maior herança viva da ditadura militar!
02 de Julho de 2013
Comando de Greve dos estudantes da UNESP de Marília.

Moção de apoio à Ocupação Estudantil da Seção de Graduação da FAAC/FC da Unesp Bauru.

O Movimento Estudantil da Unesp de Bauru deu um novo e importantíssimo passo na luta iniciada há mais de dois meses em vários campi da Unesp: a ocupação por tempo indeterminado do prédio do GAC- Grupo administrativo do campus. Nós do Comando de Greve e Ocupação do campus de Marília acompanhamos de perto a mobilização dos companheiros de Bauru e assim, mais do que nos solidarizarmos com a adoção da ocupação como método de luta viável, necessário e legítimo, nos comprometemos a manter nossa solidariedade ativa junto à ação estudantil que se desencadeia em Bauru. 
Estamos em um momento crucial da batalha que começamos a travar nesse ano de 2013: de um lado, avança a mobilização estudantil, o que nos leva a saudar a dura e incansável luta que em Bauru começou com alguns estudantes dispersos e hoje a greve estudantil está instalada nos cursos de Psicologia, Design, Arquitetura, Radialismo, Jornalismo, Relações Públicas, Ciência da Computação, Artes e Pedagogia; por outro lado, percebemos que a extensa lista de reivindicações dos estudantes, que na essência visam a construir uma universidade pública, gratuita e de qualidade, é tratada com desdém por aqueles que detém os cargos de controle dentro da universidade e que mesmo em âmbito local pouco se esforçam em trabalhar convergindo com os estudantes.
Achamos oportuno evidenciar que a ocupação do GAC ocorre no momento em que outras unidades da Unesp com forte mobilização estudantil se vêem na necessidade de intensificar as pressões junto às burocracias locais na medida em que não evidenciamos avanço nas negociações locais de forma concreta, e por isso não se trata de mera coincidência que Bauru e Botucatu ocupem no mesmo dia os espaços dos burocratas intransigentes, evidenciando que a greve estudantil avança, tanto em sua organização quanto em seus métodos de luta.
Apesar da longa e cansativa caminhada que os estudantes de Marília trilharam até o presente momento não entendemos que este seja o momento de paralisarmos nossa mobilização, muito pelo contrário, os fatos ocorridos em Bauru e outras unidades nos inspiram a seguirmos na nossa luta.
Unidos aumentamos nossa força!!!
E em luta conquistamos o que queremos e necessitamos!!!
Comando de Greve dos Estudantes da Unesp de Marília.
02 de Julho de 2013.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Por R.U. e Moradia... se não avança a gente ocupa a rodovia!


No final de semana de 14 a 16 de junho, realizou-se um novo CEEUF (Conselho de Entidades Estudantis da UNESP e FATEC) no campus de Marília. Mais de 50 CA's, DA'S, Comissões de Moradias e Cursinhos estiveram presentes para debater os próximos passos da estadualização de nossa luta, além da presença salutar de companheiros da Universidade Estadual de Goiás (UEG) em greve e do Rio de Janeiro. O Conselho deu importantes passos no sentido da retomada do DCE Helenira Rezende como ferramenta de organização e luta, avançando na articulação das mobilizações estudantis no estado. Foram realizados também diversos balanços da greve da UNESP que nos levaram ao consenso de que a burocracia que nos é imposta pela Reitoria faz com que nossas negociações pouco avancem, com o objetivo claro de desgastar a organização e minar a força política dos estudantes. 
Frente a isso e diante de um momento em que diversas manifestações populares em todo o país representam uma ruptura da conjuntura de imobilismo das lutas econômicas e políticas de estudantes e trabalhadores, o Movimento Estudantil da UNESP retoma a confiança em suas próprias forças e se lança audaciosamente a outro patamar das lutas, apostando na ação direta como forma de reverter a nosso favor a correlação de forças na disputa entre os distintos projetos de universidade.
Na manhã do domingo (16/06), foi realizado um corte do entrocamento rodoviário entre a BR-153, a Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros e a Rodovia Rachid Reyes como demonstração de qual será, a partir de agora, a maneira como os estudantes passarão a se enfrentar com a Reitoria e o Governo do Estado em defesa de nossas pautas.










UNESP EM LUTA!
TODO APOIO À GREVE GERAL DA UEG E ÀS LUTAS CONTRA O AUMENTO DAS TARIFAS E CONTRA OS MEGAEVENTOS EM DIVERSAS CIDADES DO PAÍS!
CONTRA A REPRESSÃO! LIBERDADE AOS NOSSOS PRESOS POLÍTICOS!

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Nota do Movimento Estudantil acerca da proposta de pagamento das bolsas

Em reunião no dia 12 de junho, a Direção da FFC apresentou ao Movimento Estudantil proposta para solucionar o impasse acerca do pagamento das bolsas BAAE I e II.
Essa proposta consiste em efetuar o pagamento das bolsas referentes aos meses de abril e maio em duas etapas, sendo a primeira o pagamento dos cadastros completos até o dia 22 de junho e a segunda, abertura de prazo de cadastramento de bolsistas que ainda não enviaram toda a documentação, entre os dias 25 e 30 de junho, para pagamento até 12 de julho. Como adendo, os estudantes presentes solicitaram a abertura de uma terceira etapa que contemplasse a demanda daqueles estudantes que não conseguirão arcar com os custos da regularização do cadastro (como o retorno a Marília e obtenção da documentação exigida).
Essa proposta tornou-se pública a partir de um comunicado oficial do Diretor, que acabou por gerar algumas distintas interpretações e nesse sentido compreendemos a necessidade de discutir com a base estudantil o real caráter da proposta feita ao Comando.
Foi alegado que essa terceira etapa só poderia se dar após a desocupação do prédio da Direção, pois seria este o elemento principal causador do não pagamento das bolsas.
Entendemos que esse argumento tem como objetivo causar uma cisão entre o conjunto dos estudantes, pois procura colocar os estudantes do primeiro ano (principal setor que seria contemplado por essa terceira etapa solicitada pelo Movimento) em situação de desconfiança com os métodos de luta deliberados pelo conjunto dos estudantes. Assediar um setor para voltá-lo contra sua própria categoria é tática comum entre os agentes da repressão, visando dividir e assim enfraquecer a luta dos oprimidos.
Salientamos que o não pagamento das bolsas não é determinado pela ocupação do prédio, pois os estudantes, desde o primeiro momento, se mostraram dispostos a possibilitar aos trabalhadores todas as condições de realizar suas funções de trabalho mais elementares à comunidade universitária. A real razão deste ataque é usar a fonte de renda dos estudantes como moeda de troca para coagir o movimento ao recuo.
O posicionamento dos estudantes deve ser definido coletivamente, por esse motivo chamamos a todos a comparecer e discutir a proposta em Assembleia Geral, hoje, às 19:30.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

PROGRAMAÇÃO DO CONSELHO DE ENTIDADES ESTUDANTIS DA UNESP/FATEC (CEEUF)

Dia 14/06 (Sexta-feira):
Credenciamento: das 12:00 às 14:00;
15:00 às 17:00 - Plenária Inicial
17:00 às 19:00 - Jantar
23:00 - SARAU;

Dia 15/06 (Sábado):
08:00 às 09:00 - Café da manhã;
09:00 às 10:00 - Debate: Estrutura de poder (Terceirização)
10:00 às 12:00 – GD (eixos: paridade, voto universal, assembleia estatuinte)
12:00 às 14:00 – Almoço 
17:00 às 18:00 – Café da tarde
18:00 às 19:00 – Debate: Organização estudantil
19:00 às 21:00 – GD (eixos: modelo, regimento do congresso)
21:00 – Jantar;

Dia 16/06 (Domingo):
08:00 às 09:00 - Café da manhã
12:00 às 14:00 - Almoço
14:00 às 18:00 - Plenária Final.

PROGRAMAÇÃO DO IV FÓRUM GERAL DE MORADIAS DA UNESP

Dia 14/06 (Sexta-feira):
Credenciamento: das 12:00 às 14:00
15:00 às 17:00 - Plenária Inicial
17:00 às 19:00 - Jantar
19:30 às 20:30 - Debate: Permanência Estudantil
20:30 às 22:30 – GD (eixos: processo seletivo, estatuto de moradias, políticas de permanência);

Dia 15/06 (Sábado):
08:00 às 09:00 - Café da manhã
12:00 às 14:00 – Almoço 
14:00 às 15:00 – Debate: PIMESP
15:00 às 17:00 – GD (eixos: cotas, ensino, pesquisa e extensão)
17:00 às 18:00 – Café da tarde
21:00 – Jantar;

Dia 16/06 (Domingo):
08:00 às 09:00 - Café da manhã
09:00 às 12:00 - Plenária Final
12:00 às 14:00 - Almoço de encerramento.

Vídeo-chamado para o CEEUF e IV Fórum de Moradias.

Preparem-se e compareçam todos ao Conselho de Entidades Estudantis da Unesp e ao IV Fórum de Moradias nos dias 14, 15 e 16 de Junho.
Contra a precarização, greve geral da educação!!!






sábado, 8 de junho de 2013

Moção de apoio à greve dos estudantes de psicologia da FC Unesp-Bauru


O comando de greve e ocupação da FFC Unesp-Marília se solidariza com os estudantes do curso de Psicologia da Unesp de Bauru que em Assembleia realizada no dia 07\06 deliberaram pela adesão à greve estudantil que movimenta um terço dos campi da Unesp. Entendemos que o movimento de adesão à greve decidido pela base estudantil e referendado pelo CAPSI - Gestão Stultífera Navis reforça a mobilização, os métodos e os objetivos de luta que o Movimento Estudantil da Unesp estabeleceu: iniciar os debates sobre as reivindicações levantadas pelo CEEUF, realizar assembleias de curso, paralizações e atividades de informação junto à base dos estudantes e, por fim, uma profunda avaliação sobre os avanços das negociações com a reitoria. Neste momento de efervescência da mobilização estudantil (detonado por uma justa e necessária luta por permanência estudantil, contra o PIMESP e por democracia dentro da universidade) oferecemos nossa unidade de luta, o compartilhamento de qualquer informação relevante no contexto da luta estudantil, a divulgação e o apoio nas atividades de greve a serem estabelecidas. Assim, nos comprometemos a atuarmos em conjunto na defesa tanto das reivindicações estaduais, quanto das necessidades específicas dos estudantes de psicologia, que vão desde ampliação do quadro de professores, extensão da biblioteca e do acervo dos livros de psicologia até melhorias na infraestrutura dos prédios do curso de psicologia.
Por último, reforçamos o convite para que o CAPSI e todos os estudantes interessados compareçam ao Conselho de Entidades Estudantis da Unesp\Fatec a ser realizado entre os dias 14, 15 e 16 de Junho em Marília para que juntos possamos descobrir nossas necessidades e ressurgir com a força do movimento estudantil em luta por uma universidade democrática, aberta e solidária a todos.

Para acabar com a precarização, GREVE GERAL da educação!
Unidos venceremos!


Comando de greve estudantil da FFC-Marília
08 de Junho de 2013
46º Dia de greve estudantil.


BOLETIM CONJUNTO
SINTUNESP – ADUNESP – CEEUF (08/06/2013)


Em longa negociação, reitoria e entidades discutem
os seis pontos da pauta conjunta

Entidades mantém indicativo de greve e remetem avaliação às assembleias
                                 

A negociação conjunta entre as entidades representativas (Sintunesp, Adunesp e Conselho de Entidades Estudantis Unesp/FATEC – CEEUF) e a reitoria da Unesp, na sexta-feira, 7/6, durou sete horas. Pela reitoria, estavam presentes o reitor Julio Cezar Durigan, os pró-reitores Laurence Duarte Colvara (Graduação) e Mariângela Spotti Lopes Fujita (Extensão Universitária), além de outros assessores. Pelo movimento, participaram 6 representantes do Sintunesp, 4 da Adunesp e 10 estudantes.
As entidades expuseram as razões que levaram à greve (naquele momento, servidores parados em 13 campi, estudantes em nove e professores em três, além de paralisações parciais dos três segmentos em vários outros campi) e detalharam os seis pontos que compõem a pauta conjunta.



A seguir, acompanhe os as discussões e encaminhamentos de cada ponto:

Permanência estudantil
Foi definida a criação de uma comissão permanente e paritária para estabelecer diretrizes e estratégias de padronização para a permanência estudantil (moradia, RU, bolsas etc).
No 11/6, uma comissão de 10 estudantes vai se reunir com a pró-reitora de Extensão Universitária para debater pontos emergenciais. “Há a possibilidade de fazermos remanejamento de recursos do PDI para atender reivindicações imediatas”, afirmou a professora Mariângela.
Também ficou definida uma reunião (ainda sem data) com a Assessoria Jurídica da Unesp para tratar do registro e regularização do DCE, bem como das sindicâncias contra estudantes.

Pimesp
Os representantes das entidades reafirmaram posição contrária ao Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista (Pimesp), por considerá-lo excludente e absolutamente insuficiente. Os estudantes informaram que estão discutindo o assunto no âmbito do CEEUF e que apresentarão uma proposta alternativa ao Pimesp.
O reitor afirmou que o Conselho Universitário (CO) aprovou apenas que a Unesp fará a inclusão. “Como isso será feito ainda é uma questão em aberto”, disse. Segundo ele, há a disposição em prosseguir com as discussões sobre o assunto.

Paridade entre os três segmentos nos órgãos colegiados da Universidade
O reitor concordou em retirar da pauta da próxima reunião do CO, em 27/6, o tema da paridade. A reitoria indicará às unidades que façam ciclos de debates e que discutam o assunto nas congregações locais. Somente depois disso a questão voltará ao CO.

Reajuste salarial de 11% para servidores técnico-administrativos e docentes
Durigan reafirmou que o reajuste de 5,39% é o limite a que o Cruesp dispõe-se a chegar. No entanto, caso a arrecadação do ICMS seja positiva, há a possibilidade de nova negociação em setembro ou outubro. Neste caso, o compromisso do reitor da Unesp é defender junto aos outros reitores a concessão de um índice adicional no segundo semestre, que poderia chegar a 2%.
O reitor explicou que a reserva orçamentária da Unesp para 2013 (o que pode ser efetivamente gasto) é de R$ 200 milhões, mas que a reserva orçamentária (o que existe de fato) é de R$ 480 milhões. Para aumentar a margem de gasto, é preciso alterar a previsão orçamentária.

Isonomia de pisos e benefícios
Em relação à reivindicação de isonomia dos pisos dos servidores com os da USP, o reitor concordou em abrir a discussão. Serão feitas reuniões periódicas entre Sintunesp e reitoria para levantar os custos que a Universidade teria com a equiparação integral. Feito o levantamento, o reitor prometeu “empenho” para que a equiparação seja aplicada em três anos (2014/2016). Na primeira semana de julho, Sintunesp e reitoria terão uma negociação específica, onde será iniciada a discussão sobre a equiparação e tratados os demais pontos da pauta específica do segmento, inclusive a isonomia de benefícios.
Também acontecerá no início de julho uma negociação específica entre Adunesp e reitoria, para tratar da isonomia de salários e benefícios, SPPrev e avaliação docente.

Não à repressão aos movimentos sociais
            Este item ficou contemplado no primeiro ponto. As sindicâncias contra estudantes serão discutidas entre a comissão de estudantes e a AJ da Universidade.

Nova reunião conjunta
            Após realizadas as reuniões em separado, será agendada nova reunião conjunta entre as entidades e a reitoria, para avaliar o andamento das negociações.

.........................................................................................................................................................
                                                                                                                                                   
Indicativos às bases: Manutenção da greve e assembleias para avaliar a negociação até 12/6
                                        
Terminada a negociação com a reitoria, representantes das entidades reuniram-se para uma avaliação preliminar e definição de indicativos. A realização da negociação e a discussão exaustiva dos pontos foram considerados pontos positivos por todos, fruto da mobilização e da força da greve. Até então, não havia nenhuma abertura da reitoria para negociar as reivindicações do movimento.    
A orientação das entidades às bases é de manutenção da greve e realização de assembleias, até 12/6, para avaliar os resultados da negociação e apontar os próximos passos da luta.
Para 11/6, definido pelo Fórum das Seis como dia de paralisação e manifestações por universidade, a orientação do Sintunesp, Adunesp e CEEUF é de realização de atividades, atos e manifestações locais, nas unidades.
Na quinta-feira, dia 13/6, os três segmentos voltam a se reunir (logo após a reunião do Fórum das Seis) para avaliar os resultados das assembleias de base e definir novos indicativos.



SEM ORGANIZAÇÃO, NÃO TEM LUTA!
SEM LUTA, NÃO TEM CONQUISTA!

Boletim conjunto Sintunesp, Adunesp e CEEUF

Boletim conjunto publicado pelas entidades representativas dos trabalhadores, professores e estudantes mantendo indicativo de greve e convocações de assembléias de base.

Sem luta não tem conquista!


https://docs.google.com/file/d/0B1aEKqgmyn0qZmhuemZwTDROcms/edit

Chamado para o CEEUF e Fórum de Moradias em Marília nos dias 14, 15, 16 de Julho de 2013.


terça-feira, 4 de junho de 2013

Estudantes da UNESP em luta: Paridade, Permanência, Isonomia

Greve geral na UNESP: 1/3 da universidade está parada!!!! 

Exigimos negociação: acabar com os estatutos da universidade feitos pela reitoria; moradia, restaurante universitário, bolsas; fim dos processos; por cotas sociais já!!!!
Aos Estudantes! 
Boletim da Comissão Estadual de Mobilizaçãohttp://cem-unesp2013.blogspot.com ht

tp://cem-unesp2013.blogspot.com 

A luta pela democratização da universidade ganha força a cada dia! Desde a mobilização desencadeada em 17/04 a partir da GREVE dos estudantes do campus de Ourinhos, fica evidente a postura autoritária e a falta de capacidade de dialogar por parte da reitoria. 
Estes 45 dias foram marcados por intensas mobilizações por todo o estado, com ocupações, paralisações, atos, assembleias lotadas e greves. Nos dias 04 e 05/05, aconteceu em Ourinhos o Conselho de Entidades Estudantis Unesp/Fatec ? CEEUF ? com cerca de 250 estudantes e 32 entidades estudantis. Em 17/05, é realizada a Plenária Estadual no Largo São Francisco, em São Paulo, com cerca de 500 estudantes, que seguiram em Ato até a reitoria da Unesp. Os Estudantes se levantam contra a política elitista de uma reitoria que não reconhece as demandas de Permanência Estudantil, que segrega quando aprova o PIMESP (Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista) na calada da noite e que conserva sua estrutura de poder através do 70-15-15. 

Esta mobilização tem sido possível pela organização e pela busca da UNIDADE entre os estudantes, e esta semana entramos em uma nova fase da mobilização! A insatisfação já toma conta de 1/3 da universidade: 8 campi em Greve de estudantes (Ourinhos, Marília, Assis, Rio Claro, São Vicente, São Paulo, Franca e São José do Rio Preto), 10 em Greve de trabalhadores e 2 em Greve de professores. 

Orientamos a todos os estudantes para que realizem a construção e discussão sobre os pontos da mobilização estadual, convocando assembléias com indicativo de GREVE ? único instrumento eficaz para o atendimento de nossas pautas ? e OCUPAÇÃO, preenchendo e re-significando os espaços da universidade. 
A Assembléia dos Estudantes é o que dá legitimidade e AUTONOMIA a todo este processo, é onde acontecem as discussões e decisões sobre as ações políticas dos estudantes: é seu órgão máximo de deliberação, especialmente em momentos de mobilização como o que vivemos agora! É também neste espaço onde deverão ser eleitos os delegados de cada campus na Comissão Estadual de Mobilização. Não aceitaremos qualquer tentativa, por parte das direções e reitoria, de deslegitimar nossa forma de organização! Quem define os representantes dos estudantes e os rumos da mobilização... SÃO OS ESTUDANTES!!! 

O debate sobre a REPRESSÂO é fundamental para nós! A reitoria e as direções deixam claro para nós quem está no controle: as condições precárias das moradias e as normas absurdas (atestado de antecedentes criminais em Presidente Prudente, a invasão da polícia no campus de Araraquara, prendendo estudantes em ocupação (2007), a expulsão de estudantes da moradia por fazerem sexo, citando apenas alguns exemplos), a abertura de sindicância aos estudantes de Franca por lutarem contra a presença do príncipe latifundiário... e a lista se estende! É preciso lutar contra a estrutura que viabiliza a repressão! Contra um regime estatutário que tem suas bases definidas no período da ditadura militar! 

Chamamos atenção também para a importância da construção conjunta entre os setores mobilizados de trabalhadores e professores, com realização de Plenárias locais onde seja possível discutir, de maneira ainda mais ampla, as questões que permeiam a mobilização, o projeto de educação e de universidade levado a cabo nas últimas décadas! 

Chamado à mobilização estadual! 

Nossa mobilização cresce pois somos os sujeitos! 

06/06: Ato unificado em cada campus ? construção da mobilização com trabalhadores e professores; 

11/06: Ato Unificado na Unicamp ? Reunião entre o CRUESP e o Fórum das Seis; 

12/06: Ato Unificado no campus de Araraquara contra a Repressão ? Não esquecemos, não perdoamos! 

14, 15 e 16/06: CEEUF e Fórum de Moradias em Marília; 

PARA BARRAR A PRECARIZAÇÃO, GREVE GERAL DA EDUCAÇÃO! 

Por Comissão de Comunicação Okupa Unesp Marília 2013.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Boletim da Comissão Estadual de Mobilização

Aos Estudantes!

A luta pela democratização da universidade ganha força a cada dia! Desde a mobilização desencadeada em 17/04 a partir da GREVE dos estudantes do campus de Ourinhos, fica evidente a postura autoritária e a falta de capacidade de dialogar por parte da reitoria.

Estes 45 dias foram marcados por intensas mobilizações por todo o estado, com ocupações, paralisações, atos, assembleias lotadas e greves. Nos dias 04 e 05/05, aconteceu em Ourinhos o Conselho de Entidades Estudantis Unesp/Fatec – CEEUF – com cerca de 250 estudantes e 32 entidades estudantis. Em 17/05, é realizada a Plenária Estadual no Largo São Francisco, em São Paulo, com cerca de 500 estudantes, que seguiram em Ato até a reitoria da Unesp. Os Estudantes se levantam contra a política elitista de uma reitoria que não reconhece as demandas de Permanência Estudantil, que segrega quando aprova o PIMESP (Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista) na calada da noite e que conserva sua estrutura de poder através do 70-15-15.

Esta mobilização tem sido possível pela organização e pela busca da UNIDADE entre os estudantes, e esta semana entramos em uma nova fase da mobilização! A insatisfação já toma conta de 1/3 da universidade: 8 campi em Greve de estudantes (Ourinhos, Marília, Assis, Rio Claro, São Vicente, São Paulo, Franca e São José do Rio Preto), 10 em Greve de trabalhadores e 2 em Greve de professores.

Orientamos a todos os estudantes para que realizem a construção e discussão sobre os pontos da mobilização estadual, convocando assembléias com indicativo de GREVE – único instrumento eficaz para o atendimento de nossas pautas – e OCUPAÇÃO, preenchendo e re-significando os espaços da universidade.

A Assembléia dos Estudantes é o que dá legitimidade e AUTONOMIA a todo este processo, é onde acontecem as discussões e decisões sobre as ações políticas dos estudantes: é seu órgão máximo de deliberação, especialmente em momentos de mobilização como o que vivemos agora! É também neste espaço onde deverão ser eleitos os delegados de cada campus na Comissão Estadual de Mobilização. Não aceitaremos qualquer tentativa, por parte das direções e reitoria, de deslegitimar nossa forma de organização! Quem define os representantes dos estudantes e os rumos da mobilização... SÃO OS ESTUDANTES!!!

O debate sobre a REPRESSÂO é fundamental para nós! A reitoria e as direções deixam claro para nós quem está no controle: as condições precárias das moradias e as normas absurdas (atestado de antecedentes criminais em Presidente Prudente, a invasão da polícia no campus de Araraquara, prendendo estudantes em ocupação (2007), a expulsão de estudantes da moradia por fazerem sexo, citando apenas alguns exemplos), a abertura de sindicância aos estudantes de Franca por lutarem contra a presença do príncipe latifundiário... e a lista se estende! É preciso lutar contra a estrutura que viabiliza a repressão! Contra um regime estatutário que tem suas bases definidas no período da ditadura militar!

Chamamos atenção também para a importância da construção conjunta entre os setores mobilizados de trabalhadores e professores, com realização de Plenárias locais onde seja possível discutir, de maneira ainda mais ampla, as questões que permeiam a mobilização, o projeto de educação e de universidade levado a cabo nas últimas décadas!

Chamado à mobilização estadual!
Nossa mobilização cresce pois somos os sujeitos!

  • 06/06: Ato unificado em cada campus – construção da mobilização com trabalhadores e professores;
  • 11/06: Ato Unificado na Unicamp – Reunião entre o CRUESP e o Fórum das Seis;
  • 12/06: Ato Unificado no campus de Araraquara contra a Repressão – Não esquecemos, não perdoamos!
  • 14, 15 e 16/06: CEEUF e Fórum de Moradias em Marília;



PARA BARRAR A PRECARIZAÇÃO, GREVE GERAL DA EDUCAÇÃO!



Fim de semana na Ocupação (31/05 a 02/05)

Um final de semana com atividade diversificadas, promovendo a integração e fotalecimento da mobilização local. Entre elas, destacamos as oficinas, filmes e experiências gastronômicas incríveis!
Com o objetivo de acumular reflexões para o debate sobre a questão das drogas e a criminalização da pobreza, o Cine Greve apresentou os filmes "Quarta B", "Feios, Sujos e Malvados" e "Panteras Negras".
No sábado, o camarada Prem Karam ministrou uma oficina de Meditação Ativa, trabalhando técnicas de respiração para a integração corporal, relaxamento e bem estar. 
No domingo, a oficina foi de tricô sem agulhas, exercitando a paciência, disposição, concentração e estimulando a produção de toucas quentinhas para o inverno mariliense. 


Na noite de sábado, confraternizamos preparando tapiocas de vários sabores, e ocupamos o espaço da universidade com música ao vivo.Cada um contribuiu com o que pode e com uma grande variedade de recheios a frigideira chiou a noite inteira; o palco aberto animou e esquentou ainda mais os ocupantes.

Encerramos mais um fim de semana de greve e ocupação com a reunião do comando de greve programando nossas atividades para a nova semana de luta que se inicia. 

Sintunesp, Adunesp e CEEUF/Comissão Estudantil Estadual de Mobilização fazem reunião conjunta

Cresce o movimento na UNESP: A luta é agora!!!

Segmentos querem audiência com reitor

No dia 29 de maio, representantes dos três segmentos (Sintunesp, Adunesp e Conselho de Entidades Estudantis Unesp/FATEC – CEEUF) reuniram-se no campus de Marília para avaliar o movimento na Universidade, a partir do chamado conjunto de greve geral. Entre os servidores, 10 campi deliberaram pela greve para início em 3 de junho e um campus aprovou paralisação de um dia. Entre os estudantes, já são oito campi em greve ou com o início definido para 3 de junho. Entre os docentes, o movimento é crescente, com adesão à greve aprovada em Marília e IA/São Paulo e paralisações definidas em Assis e São José do Rio Preto.
Os representantes do Sintunesp, da Adunesp e do CEEUF conclamam as unidades que ainda não iniciaram a mobilização a fazê-lo. As entidades encaminharam ofício ao reitor da Unesp, professor Julio Cezar Durigan, solicitando formalmente uma audiência para negociar os seis pontos considerados centrais da pauta dos três segmentos:
- Plano de permanência estudantil, com base nas reivindicações constantes na Pauta Unificada 2013.
- Não ao Pimesp.
- Paridade entre os três segmentos nos órgãos colegiados da Universidade.
- Reajuste salarial de 11% para servidores técnico-administrativos e docentes.
- Isonomia de pisos e benefícios.
- Não à repressão aos movimentos sociais.
Sintunesp, Adunesp e CEEUF orientam suas bases a promoverem reuniões conjuntas para fortalecer o movimento e definir atividades em comum.
Atenção para o calendário
3 de junho (segunda-feira): Início da greve conjunta.
6 de junho (quinta-feira): Dia de atividades nos campi.
11 de junho (terça-feira): Participação no Dia de Paralisação nas universidades estaduais paulistas, convocado pelo Fórum das Seis, com ato unificado na Unicamp.
SEM ORGANIZAÇÃO, NÃO TEM LUTA!

http://cem-unesp2013.blogspot.com.br/2013/06/cresce-o-movimento-na-unesp-luta-e-agora.html

ESCLARECIMENTO DO COMANDO DE GREVE QUANTO À REPOSIÇÃO DE AULAS


Após uma série de questionamentos e debates junto ao comando de greve a respeito da reposição de aulas encontramos no edital que regulamenta as contratações do IB respaldo para a mesma.

Primeiramente, referente à reposição de aulas com professores contratados no regime de 180 horas, segundo consta na publicação no diário oficial do dia 20/03/2013:

“9.2. o prazo de validade deste concurso será de 6 (seis) meses, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período a critério da administração, conforme os termos do Ofício Circular nº 17/97-RUNESP.”

Portanto, as aulas podem ser repostas cabendo a administração de cada unidade a prorrogação do contrato dos professores.

Agora, referente a reposição de aulas por parte dos professores em regime RDDIDP, segundo consta no manual de graduação da reitoria da UNESP.

“2. QUANTO AOS DIAS LETIVOS

A nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96, de 20/12/96) estabelece, em seu art. 47, que “na educação superior, o ano letivo regular, independente do ano civil, tem, no mínimo, duzentos dias de trabalho acadêmico efetivo, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver.

O Regimento Geral da UNESP, por sua vez, no artigo 94, incisos I e II, define que o Calendário Escolar deverá prever:

‘I. pelo menos 200 (duzentos) dias letivos ou 100 (cem) dias semestrais,

excluindo o tempo destinado à verificação de aproveitamento;

II. datas de início e término das épocas de matrícula, de recebimento de

pedidos de trancamento de matrícula e de transferência de alunos;

III. dias de suspensão das atividades escolares;

IV. outras exigências.’

O ano letivo poderá ser prorrogado por motivo excepcionais (greve, calamidade pública e outros), independentemente da vontade do corpo discente, a critério dos órgãos competentes da Universidade e de suas Unidades. De um modo geral, o CEPE prevê reposição de aulas, caso não sejam cumpridos os 200 (duzentos) dias letivos anuais ou 100 (cem) semestrais.

A participação de alunos em programações específicas da Unidade Universitária poderá ser considerada dia letivo, a critério da Congregação, conforme Deliberação do CEPE, em sessão de 07/11/89.”

Portanto, cabe a nós enquanto estudantes, fazer uso dos dispositivos legais que respaldam nossa atuação no movimento estudantil para, de fato, nos mobilizarmos. Tentamos com isso esclarecer as dúvidas e tranquilizar aqueles que, por conta dos receios com relação à reposição de aulas, se distanciam deste movimento.

Seguem abaixo os links dos documentos utilizados na elaboração do presente texto:

http://www.unesp.br/prograd/pdf/ManualdeGraduacao.pdf

http://www.jusbrasil.com.br/diarios/52195871/dosp-executivo-caderno-1-20-03-2013-pg-277

http://www.unesp.br/crh/Legislacaoinstrumentalizacao/OficiosCirculares/OfC17-97-RUNESP.pdf

domingo, 2 de junho de 2013

Moção de apoio do Centro Acadêmico da Educação Física da UNICAMP aos estudantes das UNESPs

Constantemente vemos pautas sobre precarização do ensino público, permanência estudantil e terceirização dos funcionários presentes nas discussões entre os estudantes, porém quando falamos de direção e reitoria, essas temáticas não são amplamente aprofundadas ou discutidas, quem deveria estar mais propenso a estes tipos de discussões não o faz. 

Agora surgiu o PIMESP, uma medida do governo que visa a “inclusão” de estudantes de escola pública na universidade, através de um ingresso diferenciado, por acharem que estes alunos teriam uma dificuldade maior para entrar através do processo normal de ingresso, vulgo Vestibular. Essa medida não resolve o problema de democratizar o ingresso na Universidade, pois o problema do ensino básico persistirá. Esse tipo de discussão e diálogo que vem sendo travado pelos estudantes foi levado às autoridades institucionais, mas não foi possível por parte das autoridades.

Quando o diálogo não obtém sucesso outras medidas são necessárias, acreditamos que a greve e a ocupação de alguns campi da UNESP se fazem legítimas. A mobilização estudantil é primária, se quisermos melhorias na Universidade e no sistema de ensino a iniciativa tem que vir de nós, estudantes. Todo apoio aos estudantes e funcionários que estão defendendo uma educação de qualidade!

CONTRA O PIMESP.

CONTRA A PRECARIZAÇÃO DO ENSINO.

POR UMA ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL DIGNA.

CONTRA A TERCEIRIZAÇÃO!

Centro Acadêmico da Educação Física - UNICAMP

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Passado e presente: um pouco da história das mobilizações da UNESP [II]

Talvez seja um traço característicos de todas as instituições dominantes e dominadoras não reconhecer as lutas dos dominados contra a situação de opressão posta ou, no mínimo, a busca por reinscrevê-las na ordem bem firmada das coisas. A recusa em admitir que conflitos possam originar mudanças pode ser mesma constitutiva dos senhores, mas a memória coletiva e o fulgor dos embates consegue, vez ou outra, furar as barreiras postas. Recentemente, por conta do processo de Ocupação do campus na UNESP-Araraquara, uma mulher já bem madura, cabelos grisalhos,  veio até a ocupação. Ainda hoje acompanhando as lutas estudantis, fez a gentileza de dar-nos a seguinte entrevista sobre sua militância política na UNESP-Assis, e, também, um pouquinho sobre a UNESP-Araraquara. 
*

Eu sou de Araraquara mesmo, mas queria estudar psicologia e fui pra Assis; entrei na universidade em 93 e sai em 98. Eu já militava antes da faculdade, desde que era secundarista. Eu era do PT nesta época, era da Convergência Socialista [corrente do PT que originou o PSTU], hoje estou no PCdoB porque sou mais livre, ninguém me enche o saco, faço o que quero.

Me lembro da greve de 89, greve geral. Estava em Araraquara, no segundo grau, e era do movimento secundarista. Eu já era da Convergência; nós queríamos forçar os professores a fazer greve também, estavamos no fim da ditadura, tinha que sair, que protestar. Fomos de sala em sala e paramos minha escola, depois fizemos passeata no centro da cidade, acho que deu mais de 300 estudantes.

Quando eu entrei,  a universidade já era sucateada. Pro professor dar aula, tinha que correr muito atrás, eles demoravam. Quando eu entrei, já tinha moradia, mas não tinha R.U. Os estudantes não lutaram tanto pelo R.U. quanto os professores, e até o diretor na época batalhou bastante pra construir o Restaurante. 

Quantos às bolsas; eram os professores que arrumavam; era a bolsa PAE [Programa de Auxílio ao Estudante; atualmente BAAE]; na época eu ganhava noventa reais de salário minimo, e a bolsa era metade; eu vendia no semáforo brigadeiros e conseguia em um dia o valor da bolsa; o número de bolsas não era nem de longe suficiente, muita gente ficava sem; não tinha R.U. e o pessoal ficava mais na moradia, e tentava se organizar por lá para não passar fome.

Em Assis tinha um professor, o Sérgio Norte, era anarquista, ele gostava muito do [Mikhail] Bakunin [anarquista russo; contemporâneo de Marx e Engels, atuou na Primeira Internacional], então tinha muitos anarquistas na História. Mas não só na História, porque tinham muitos anarquistas na faculdade de modo geral. Em Araraquara eles eram muito fortes, tinham muitos anarquistas, e ele se organizavam em um grupo chamado os Batatas Podres. Estes caras fizeram a segunda ocupação por Moradia aqui, que durou um ano, e conseguiram que a universidade alugasse duas casas para eles, até que os blocos de moradia estivessem prontos. Os trabalhadores apoiavam eles e construíram um acampamento de madeira no campus, pra ajudar na ocupação. Eles acabaram conquistando quatro casas de moradia, mas não queriam que a reitoria desalugasse as casas, o que terminou por ocorrer; as casas eram velhas, e tinham problemas, além do que algumas pertenciam a burocratas da universidade. Pra você ter ideia, a direção até hoje nega que estas casas tenham sido alugadas...

No movimento estudantil tinha muita guerra entre as correntes. Como eu te disse, eu era da Convergência. Na época o PT dominava as entidades, mas tinha o PCdoB também; a Articulação [corrente do PT à qual pertencem José Dirceu e Lula] era muito forte e eles já eram pelegos desde então, mas sempre conseguiam mais gente pra representar eles. O PSTU panfletava muito contra o governo FHC, especialmente quando teve a greve dos petroleiros [em 1995; única categoria que deu forte combate ao neoliberalismo; FHC reprimiu os grevistas com o Exército; primeira grande traição do PT à uma luta], foi no começo do governo dele. Mas a maioria do movimento era dos anarquistas, tinham muitos na universidade.

A gente se reunia no D.A.; era no mesmo lugar em que é hoje, lá em Assis. Não tinham C.A.'s, não tinha essa divisão, era todo mundo junto, todos os cursos; foi o Sarney que fez essa divisão. A gente tirava quem ia pro DCE em urnas. O CEEU [Conselho de Entidades da UNESP; desde 200, CEEUF] era assim: o pessoal tentava fazer reunião no sábado; a UJS [União da Juventude Socialista, Juventude do PCdoB; corrente que controla a UNE] segurava a reunião, não deixava ter a reunião, todo mundo ficava puto do lado de fora. O CEEU ocorria a cada mês em um campus diferente, e o pessoal sempre fazia uma festona no sábado e no domingo não conseguia acordar, e o povo ia embora sem votar nada. Os professores eram muito bem organizados em torno da defesa da universidade publica, os trabalhadores também. Nos outros campi, qualquer coisa era greve; em Assis era mais fraco, mas nos outros campi era muito forte.

Eu nunca fui de nenhuma entidade; eu não queria assumir esse tipo de problema; mas participava muito das assembleias, mas nunca quis me candidatar;

1995 foi um ano importante, já que em 95 que terminou com a paridade e o voto direto pra reitor. O pessoal começou a lutar pela paridade. Isto tudo explodiu em 97, fizemos um grande protesto na reitoria e o reitor não quis nos atender. Queríamos paridade, queríamos o aumento do repasse do ICMS na LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias]; no dia da votação, ocupamos a ALESP [Assembleia Legislativa de São Paulo]. Um amigo meu foi preso por desacato, e o Jamil Murad [então deputado pelo PCdoB] pagou a fiança. 

Em Assis, começamos a nos organizar contra o diretor, que era muito conservador; os anarquistas colocaram uma bomba na sala do diretor e, no mesmo dia, enviaram uma carta de São Paulo, avisando que tudo ia explodir e ameaçando o diretor; e a bomba explodiu, quebrou os vidros, quebrou muita coisa. Eu fui sindicada por conta disso, e mais fui envolvida que estava envolvida propriamente; ele não me puniram exatamente, mas me seguraram na faculdade até que eu jubilasse. O José Luis Guimarães era o professor que cuidava da sindicância, ele era extremamente conservador e queria reprimir a todo custo, era professor da Psicologia. O diretor era o Antônio Quelce Salgado, que era de direita, mas era um liberal, um liberal como não se faz mais hoje em dia. 

Tinham festas no campus, com bebida alcoólica, regado a muita bebida alcoólica; o pessoal ainda tava na ressaca dos anos 60, muita droga, muita maconha; fumei haxixe, pasta base, cogumelo, lirio, muito sexo, e tô aqui, tô contando; no D.A. sempre tinha cerveja. A Direção tentava organizar os estudantes no sentido do que queria a direção. Eu me lembro que conheci o Randal, estudante da história, foi do DCE; era um pelegão, queria ir de ônibus só pra ir no Inter, o ônibus era o UNESP-Tur, a gente dizia. 

A população não tinha uma boa relação com os estudantes; eles viam a gente como loucos, como alienígenas; e a gente dava motivo também, não pode negar; os caras jogavam a privada da moradia do ultimo andar, fazia fiado no mercado e não pagava, explodia bomba; e pensa isso em uma cidade como Assis.

A USP  começou a ter briga pelo CRUSP porque começou a entrar gente que queria morar no quarto sozinho; e tiveram a ideia de fazer quartos individuais. Os anarquistas dominavam o CRUSP, mas o PT dominava as entidades. Tinham muitas lutas na USP, moradia, bolsa. Ocuparam a ALESP conosco, a USP e a UNICAMP; eu fui pro movimento da UNE em 98, em BH; as votações eram tratoradas, a maioria dos estudantes eram castrados; a briga era entre o PT e a UJS; 

A UNICAMP era um pessoal mais politicamente organizado, do que USP e UNESP; muito por conta do curso de Filosofia, que era muito forte e muito politizado; Ciências Sociais também, e o pessoal do teatro, que militava junto, do teatro da UNICAMP; os movimentos eram culturais, o pessoal pintando, fazendo peças, intervenções, tinha muito estudante pra participar, na UNICAMP; os coletivos eram de massa, das casas das moradia, o pessoal agitava e tinha reunião direta; a UNICAMP sempre foi mais forte politicamente, no meu ver; o pessoal sabia discutir politica, lia muito, era muito instruido. 

Eu me lembro da queda das Torres Gêmeas, já não estava na faculdade mas estava aqui na UNESP-Araraquara; eu ouvi pelo rádio dentro do ônibus, quando ônibus ainda tinha rádio; onde hoje é o R.U. aqui na UNESP, antes era a cantina; nos vimos a queda da segunda torre lá; e o pessoal comemorou muito, e até fez uma festa na moradia a favor do Osama bin Laden;




Moção de apoio à luta contra o aumento das passagens em Goiânia (GO)

O comando de greve estudantil e ocupação da UNESP Marília, através desta nota, se solidariza e reivindica a necessária luta da juventude e trabalhadores goianienses contra o aumento abusivo da tarifa do transporte coletivo. Atualmente, 8 campi da UNESP estão em greve estudantil. Após o avanço da mobilização dos estudantes, professores e trabalhadores aderiram ao processo, que tende a continuar se fortalecendo no combate às políticas dos governos que privatizam e precarizam os serviços básicos à população. 
A luta pelo transporte público, assim como a sociedade em que vivemos, tem dois lados bem distintos: de um, os donos das empresas e administradores públicos que atendem aos interesses dos empresários e de outro, os usuários (em sua maioria estudantes, trabalhadores e desempregados) atingidos pelo preço abusivo e má qualidade do transporte e trabalhadores da área do transporte, submetidos a péssimas condições de trabalho.

Compreendemos que somente através da luta garantimos os direitos que os governos nos negam. Nas últimas décadas, o Movimento Estudantil da UNESP Marília obteve importantes vitórias, como mais bolsas para os estudantes, melhorias nas condições de trabalho na universidade, moradia e restaurante universitário, laboratório de informática, cursinho pré vestibular popular e gratuito, entre outros direitos que o Estado deveria proporcionar para garantir uma educação de qualidade aos estudantes pobres. Esse exemplo nos motiva hoje a resistir aos ataques da reitoria ocupando a direção de nossa universidade.
A sociedade capitalista impõe inúmeros obstáculos a todos aqueles que se mobilizam por justas lutas, como o assédio da mídia burguesa e principalmente a brutal repressão policial. Os relatos de violência, abuso e discriminação cometidos pela polícia goianiense são fortemente repudiados por nossa organização, pois entendemos que o papel da polícia é defender, em nome do estado, os interesses dos grandes empresários.
Por esses motivos, reafirmamos nosso total apoio à radicalização do movimento, como única forma de garantir a vitória contra o aumento das passagens. A juventude e os trabalhadores devem exercer seu poder e avançar a partir de suas próprias experiências de luta.
CONTRA O AUMENTO! FORTALECER AS FRENTES DE LUTA PELO PASSE LIVRE!
POR TRANSPORTE E EDUCAÇÃO PÚBLICOS, GRATUITOS E DE QUALIDADE!
PELO FIM DA REPRESSÃO POLICIAL!

Comando de Greve Estudantil - UNESP Marília
31 de maio de 2013