sexta-feira, 31 de maio de 2013

Passado e presente: um pouco da história das mobilizações da UNESP [II]

Talvez seja um traço característicos de todas as instituições dominantes e dominadoras não reconhecer as lutas dos dominados contra a situação de opressão posta ou, no mínimo, a busca por reinscrevê-las na ordem bem firmada das coisas. A recusa em admitir que conflitos possam originar mudanças pode ser mesma constitutiva dos senhores, mas a memória coletiva e o fulgor dos embates consegue, vez ou outra, furar as barreiras postas. Recentemente, por conta do processo de Ocupação do campus na UNESP-Araraquara, uma mulher já bem madura, cabelos grisalhos,  veio até a ocupação. Ainda hoje acompanhando as lutas estudantis, fez a gentileza de dar-nos a seguinte entrevista sobre sua militância política na UNESP-Assis, e, também, um pouquinho sobre a UNESP-Araraquara. 
*

Eu sou de Araraquara mesmo, mas queria estudar psicologia e fui pra Assis; entrei na universidade em 93 e sai em 98. Eu já militava antes da faculdade, desde que era secundarista. Eu era do PT nesta época, era da Convergência Socialista [corrente do PT que originou o PSTU], hoje estou no PCdoB porque sou mais livre, ninguém me enche o saco, faço o que quero.

Me lembro da greve de 89, greve geral. Estava em Araraquara, no segundo grau, e era do movimento secundarista. Eu já era da Convergência; nós queríamos forçar os professores a fazer greve também, estavamos no fim da ditadura, tinha que sair, que protestar. Fomos de sala em sala e paramos minha escola, depois fizemos passeata no centro da cidade, acho que deu mais de 300 estudantes.

Quando eu entrei,  a universidade já era sucateada. Pro professor dar aula, tinha que correr muito atrás, eles demoravam. Quando eu entrei, já tinha moradia, mas não tinha R.U. Os estudantes não lutaram tanto pelo R.U. quanto os professores, e até o diretor na época batalhou bastante pra construir o Restaurante. 

Quantos às bolsas; eram os professores que arrumavam; era a bolsa PAE [Programa de Auxílio ao Estudante; atualmente BAAE]; na época eu ganhava noventa reais de salário minimo, e a bolsa era metade; eu vendia no semáforo brigadeiros e conseguia em um dia o valor da bolsa; o número de bolsas não era nem de longe suficiente, muita gente ficava sem; não tinha R.U. e o pessoal ficava mais na moradia, e tentava se organizar por lá para não passar fome.

Em Assis tinha um professor, o Sérgio Norte, era anarquista, ele gostava muito do [Mikhail] Bakunin [anarquista russo; contemporâneo de Marx e Engels, atuou na Primeira Internacional], então tinha muitos anarquistas na História. Mas não só na História, porque tinham muitos anarquistas na faculdade de modo geral. Em Araraquara eles eram muito fortes, tinham muitos anarquistas, e ele se organizavam em um grupo chamado os Batatas Podres. Estes caras fizeram a segunda ocupação por Moradia aqui, que durou um ano, e conseguiram que a universidade alugasse duas casas para eles, até que os blocos de moradia estivessem prontos. Os trabalhadores apoiavam eles e construíram um acampamento de madeira no campus, pra ajudar na ocupação. Eles acabaram conquistando quatro casas de moradia, mas não queriam que a reitoria desalugasse as casas, o que terminou por ocorrer; as casas eram velhas, e tinham problemas, além do que algumas pertenciam a burocratas da universidade. Pra você ter ideia, a direção até hoje nega que estas casas tenham sido alugadas...

No movimento estudantil tinha muita guerra entre as correntes. Como eu te disse, eu era da Convergência. Na época o PT dominava as entidades, mas tinha o PCdoB também; a Articulação [corrente do PT à qual pertencem José Dirceu e Lula] era muito forte e eles já eram pelegos desde então, mas sempre conseguiam mais gente pra representar eles. O PSTU panfletava muito contra o governo FHC, especialmente quando teve a greve dos petroleiros [em 1995; única categoria que deu forte combate ao neoliberalismo; FHC reprimiu os grevistas com o Exército; primeira grande traição do PT à uma luta], foi no começo do governo dele. Mas a maioria do movimento era dos anarquistas, tinham muitos na universidade.

A gente se reunia no D.A.; era no mesmo lugar em que é hoje, lá em Assis. Não tinham C.A.'s, não tinha essa divisão, era todo mundo junto, todos os cursos; foi o Sarney que fez essa divisão. A gente tirava quem ia pro DCE em urnas. O CEEU [Conselho de Entidades da UNESP; desde 200, CEEUF] era assim: o pessoal tentava fazer reunião no sábado; a UJS [União da Juventude Socialista, Juventude do PCdoB; corrente que controla a UNE] segurava a reunião, não deixava ter a reunião, todo mundo ficava puto do lado de fora. O CEEU ocorria a cada mês em um campus diferente, e o pessoal sempre fazia uma festona no sábado e no domingo não conseguia acordar, e o povo ia embora sem votar nada. Os professores eram muito bem organizados em torno da defesa da universidade publica, os trabalhadores também. Nos outros campi, qualquer coisa era greve; em Assis era mais fraco, mas nos outros campi era muito forte.

Eu nunca fui de nenhuma entidade; eu não queria assumir esse tipo de problema; mas participava muito das assembleias, mas nunca quis me candidatar;

1995 foi um ano importante, já que em 95 que terminou com a paridade e o voto direto pra reitor. O pessoal começou a lutar pela paridade. Isto tudo explodiu em 97, fizemos um grande protesto na reitoria e o reitor não quis nos atender. Queríamos paridade, queríamos o aumento do repasse do ICMS na LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias]; no dia da votação, ocupamos a ALESP [Assembleia Legislativa de São Paulo]. Um amigo meu foi preso por desacato, e o Jamil Murad [então deputado pelo PCdoB] pagou a fiança. 

Em Assis, começamos a nos organizar contra o diretor, que era muito conservador; os anarquistas colocaram uma bomba na sala do diretor e, no mesmo dia, enviaram uma carta de São Paulo, avisando que tudo ia explodir e ameaçando o diretor; e a bomba explodiu, quebrou os vidros, quebrou muita coisa. Eu fui sindicada por conta disso, e mais fui envolvida que estava envolvida propriamente; ele não me puniram exatamente, mas me seguraram na faculdade até que eu jubilasse. O José Luis Guimarães era o professor que cuidava da sindicância, ele era extremamente conservador e queria reprimir a todo custo, era professor da Psicologia. O diretor era o Antônio Quelce Salgado, que era de direita, mas era um liberal, um liberal como não se faz mais hoje em dia. 

Tinham festas no campus, com bebida alcoólica, regado a muita bebida alcoólica; o pessoal ainda tava na ressaca dos anos 60, muita droga, muita maconha; fumei haxixe, pasta base, cogumelo, lirio, muito sexo, e tô aqui, tô contando; no D.A. sempre tinha cerveja. A Direção tentava organizar os estudantes no sentido do que queria a direção. Eu me lembro que conheci o Randal, estudante da história, foi do DCE; era um pelegão, queria ir de ônibus só pra ir no Inter, o ônibus era o UNESP-Tur, a gente dizia. 

A população não tinha uma boa relação com os estudantes; eles viam a gente como loucos, como alienígenas; e a gente dava motivo também, não pode negar; os caras jogavam a privada da moradia do ultimo andar, fazia fiado no mercado e não pagava, explodia bomba; e pensa isso em uma cidade como Assis.

A USP  começou a ter briga pelo CRUSP porque começou a entrar gente que queria morar no quarto sozinho; e tiveram a ideia de fazer quartos individuais. Os anarquistas dominavam o CRUSP, mas o PT dominava as entidades. Tinham muitas lutas na USP, moradia, bolsa. Ocuparam a ALESP conosco, a USP e a UNICAMP; eu fui pro movimento da UNE em 98, em BH; as votações eram tratoradas, a maioria dos estudantes eram castrados; a briga era entre o PT e a UJS; 

A UNICAMP era um pessoal mais politicamente organizado, do que USP e UNESP; muito por conta do curso de Filosofia, que era muito forte e muito politizado; Ciências Sociais também, e o pessoal do teatro, que militava junto, do teatro da UNICAMP; os movimentos eram culturais, o pessoal pintando, fazendo peças, intervenções, tinha muito estudante pra participar, na UNICAMP; os coletivos eram de massa, das casas das moradia, o pessoal agitava e tinha reunião direta; a UNICAMP sempre foi mais forte politicamente, no meu ver; o pessoal sabia discutir politica, lia muito, era muito instruido. 

Eu me lembro da queda das Torres Gêmeas, já não estava na faculdade mas estava aqui na UNESP-Araraquara; eu ouvi pelo rádio dentro do ônibus, quando ônibus ainda tinha rádio; onde hoje é o R.U. aqui na UNESP, antes era a cantina; nos vimos a queda da segunda torre lá; e o pessoal comemorou muito, e até fez uma festa na moradia a favor do Osama bin Laden;




Moção de apoio à luta contra o aumento das passagens em Goiânia (GO)

O comando de greve estudantil e ocupação da UNESP Marília, através desta nota, se solidariza e reivindica a necessária luta da juventude e trabalhadores goianienses contra o aumento abusivo da tarifa do transporte coletivo. Atualmente, 8 campi da UNESP estão em greve estudantil. Após o avanço da mobilização dos estudantes, professores e trabalhadores aderiram ao processo, que tende a continuar se fortalecendo no combate às políticas dos governos que privatizam e precarizam os serviços básicos à população. 
A luta pelo transporte público, assim como a sociedade em que vivemos, tem dois lados bem distintos: de um, os donos das empresas e administradores públicos que atendem aos interesses dos empresários e de outro, os usuários (em sua maioria estudantes, trabalhadores e desempregados) atingidos pelo preço abusivo e má qualidade do transporte e trabalhadores da área do transporte, submetidos a péssimas condições de trabalho.

Compreendemos que somente através da luta garantimos os direitos que os governos nos negam. Nas últimas décadas, o Movimento Estudantil da UNESP Marília obteve importantes vitórias, como mais bolsas para os estudantes, melhorias nas condições de trabalho na universidade, moradia e restaurante universitário, laboratório de informática, cursinho pré vestibular popular e gratuito, entre outros direitos que o Estado deveria proporcionar para garantir uma educação de qualidade aos estudantes pobres. Esse exemplo nos motiva hoje a resistir aos ataques da reitoria ocupando a direção de nossa universidade.
A sociedade capitalista impõe inúmeros obstáculos a todos aqueles que se mobilizam por justas lutas, como o assédio da mídia burguesa e principalmente a brutal repressão policial. Os relatos de violência, abuso e discriminação cometidos pela polícia goianiense são fortemente repudiados por nossa organização, pois entendemos que o papel da polícia é defender, em nome do estado, os interesses dos grandes empresários.
Por esses motivos, reafirmamos nosso total apoio à radicalização do movimento, como única forma de garantir a vitória contra o aumento das passagens. A juventude e os trabalhadores devem exercer seu poder e avançar a partir de suas próprias experiências de luta.
CONTRA O AUMENTO! FORTALECER AS FRENTES DE LUTA PELO PASSE LIVRE!
POR TRANSPORTE E EDUCAÇÃO PÚBLICOS, GRATUITOS E DE QUALIDADE!
PELO FIM DA REPRESSÃO POLICIAL!

Comando de Greve Estudantil - UNESP Marília
31 de maio de 2013

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Mapa da quarta rodada de Assembleias da UNESP: Trabalhadores e Professores


A mobilização só cresce!!! 4 seções já aprovaram greve; a mobilização estudantil também;

Avante Estudantes, trabalhadores e professores! Derrotar a reitoria e o governo!

Adiante, adiante; trabalhador, e estudante, contra o PIMESP, governo e a reitoria!!!

domingo, 26 de maio de 2013

Chamado à greve geral na UNESP: Trabalhadores, Professores e Estudantes




Chamado à greve geral na UNESP: Professores, Trabalhadores e Estudantes!

- Reajuste de 11%
- Isonomia de salários e benefícios
- Plano de Permanência Estudantil
- Paridade
- Cotas sim, PIMESP não!
- Não à Repressão!

Informes da Reunião de Negociação com a Reitoria dia 23/05


Estavam presentes: A vice reitora em exercício, a Pro reitora de extensão, a de pesquisa, o de administração o de pós graduação, o de graduação, o chefe de gabinete, e os assessores chefes de imprensa e jurídico.

Primeiro deixamos claro que todos os presentes subiriam na reunião e isto não foi um problema, e também com a insatisfação na desorganização param arcar essa reunião, já que ela havia sido combinada desde a última;

Falando sobre permanência a reitora deixou claro que Moradia não é política da reitoria, dizendo que a intenção é pagar auxílios alugueis, deixamos claro que somos contrários a essa política, mas eles sempre usavam o argumento do financeiro, que o dinheiro teria que ser tirado de outros gastos no orçamento e a permanência tem 13 milhões já para isso;

Neste sentido a Fujita [Pró-Reitora de Extensão Universitária] disse que o DCE deve participar do CPEU e CCU para discutir a questão das moradias existentes e disse que vai encaminhar esta pauta;

Falando das bolsas, eles usaram novamente o financeiro e afirmaram que o valor subiu como podiam, falamos dos problemas nos critérios de avaliação, da falta de adequação com o calendário do vestibular e eles todos concordaram de que deve haver um estudo conjunto e paritário sobre esses processos da bolsa BAAE - I, II e as moradias. Os pro reitores propuseram umas comissão no CADE e CCPE para avaliar essa questão também;

A comissão será proposta no CCU no dia 13/06.

Sobre o R.U. usaram o financeiro de novo e disseram que é a unidade que sabe como usar seus dinheiro e quais as prioridades, falamos sobre o edital de construção do MEC/SESU, verba externa pra construções conjuntas, a reitora pediu para que a diretora de Ourinhos enviasse o edital, pois assim facilitaria a construção dos R.U nas experimentais, inclusive das moradias, até questionei: Então assim a reitoria pode passar por cima da política de não-moradias, a reitora concordou.

Lembrando que a reitora afirmou a possibilidade da Unesp bancar alugueis enquanto as moradias não saem. A reitora também disse que quer marcar uma reunião com os cursinhos para debater algumas questões.

Frisamos em todo momento a questão da estrutura de poder e da assembleia estatuinte, alegaram que já está em debate no CO.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Esclarecimento sobre as Reuniões de Negociação com a Direção da FFC-UNESP/Marilia


O Comando de Greve vem por meio deste dialogar com algumas questões discutidas na Congregação de ontem (21/05). Primeiramente, gostaríamos de deixar bem claro que as reuniões de
negociação para a desocupação do prédio da direção e para a finalização da greve se dão somente com a Direção da Unidade, ou com a Reitoria da Universidade. Logo, o Comando de Greve entende como muito problemática a atitude de alguns docentes de tentarem atribuir a uma conversa de alguns membros da ADUNESP com representantes do movimento estudantil o caráter de uma rodada de negociação, quando a mesma foi claramente chamada como uma simples conversa dos dois segmentos. No entendimento do Movimento Estudantil, existe a necessidade de mais reuniões de negociação com o Comando de Greve, visto que desde a deflagração da Greve em 23/04 (há um mês) ocorreu apenas uma rodada de negociação da direção com os estudantes ocupados e nesta reunião apenas três representantes do Movimento Estudantil tiveram o direito de participar. Ao nosso ver, as reuniões de negociação não tem porque serem feitas à portas fechadas contando apenas com a presença de representantes do Comando, já que para o salutar encaminhamento democrático das deliberações todos os estudantes e demais interessados no avanço das discussões deveriam ter o direito de acompanhar as negociações. Nesse sentido, é imprescindível mais uma rodada de negociação, ainda essa semana, com a direção para avançarmos as discussões a respeito da pauta local, a qual ainda não foi inteiramente debatida; por isso viemos por meio desta esclarecer a pauta da FFC que segue ao fim da carta.

Uma outra coisa discutida na Congregação que gostaríamos de pontuar, diz respeito aos emails institucionais enviados pelo Diretor José Carlos Miguel. Ao contrário do que o diretor afirma,
existe sim um claro conteúdo político nestes e-mails direcionados à comunidade unespiana, já que uma série de informações são inconsistentes e além disto, existe um claro recorte na escolha do que foi e é informado ao conjunto dos estudantes via e-mail. Um exemplo que deixa isto bem claro é o fato de o diretor em momento algum ter utilizado o mesmo canal para comunicar à comunidade das situações em que o prédio da direção foi aberto pelo Comando de Greve para que os funcionários pudessem entrar e retirar documentos e materiais para dar encaminhamentos urgentes para a Comunidade unespiana. O Comando de Greve entende como sendo extremamente problemática a leitura da Direção com relação a utilização do mesmo canal pelos estudantes, pois se até os jornais e a mídia de modo geral é obrigada a garantir direito de resposta para o envolvido em uma matéria, porque dentro da universidade, que se pretende um espaço democrático, os estudantes não tem direito de responder aos e-mails enviados pela direção, sendo que existe um claro contraste entre o entendimento da direção e dos estudantes com relação às questões veiculadas pelo e-mail? Estando a atual direção da FFC ao encargo de uma GESTÃO PARTICIPATIVA, qual o problema de os estudantes apresentarem a sua versão dos fatos para toda a Comunidade Acadêmica? Estas são algumas das questões que ao nosso ver precisam ser melhor discutidas. O Comando de Greve,continua como sempre esteve desde o início da mobilização, à disposição para o diálogo(!) e vê com muito bons olhos qualquer iniciativa da direção, de qualquer segmento e de individualidades
nesse sentido.

Comando de Greve
Marília, 22 de maio de 2013

Mapa da Mobilização Estadual de Docentes e Trabalhadores

Link para Mapa

Moção de Apoio aos Trabalhadores em Greve da DORI Marília

Nós estudantes da FFC - UNESP/Marília em greve desde o dia 23 de abril de 2013, cientes da situação dos trabalhadores da DORI que não receberam o PLR (Participação nos Lucros da Empresa) referente ao ano de 2012, nos solidarizamos com a greve e colocamos o nosso apoio a luta iniciada no dia 16 de Maio de 2013.
 
A atitude da chefia da empresa demonstra o descaso e a desvalorização do trabalho de seus funcionários. É inadmissível a postura intransigente da Direção da DORI de se recusar a repassar os lucros advindos do trabalho de seus funcionários, tentando calar os trabalhadores com um pífio repasse de 400 reais frente a milionária arrecadação da empresa no último ano.

- PELO PAGAMENTO IMEDIATO DO PLR AOS TRABALHADORES DA DORI!
- POR MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO NA EMPRESA!

FORÇA E LUTA!

terça-feira, 21 de maio de 2013

Dados de permanência estudantil e estrutura de poder na UNESP

Quantas bolsas BAAE a reitoria oferece? Quais unidades tem Moradia Estudantil? Qual o valor investido em permanência? Qual a legislação que determina o 70-15-15? CADE, C.O., C.E.P.E.?

Descubra tudo isso no dossiê elaborado pela Comissão de Comunicação da Ocupação na UNESP-Marília!!!!



Pauta de Reivindicações dos Estudantes da FFC

MORADIA ESTUDANTIL:
Construção imediata de um novo Bloco na Moradia Estudantil da FFC - Marília com acessibilidade plena, e que as/os estudantes do CAUM e pós-graduandas/os (aprimoramento, especialização, mestrado e doutorado) possam pleitear a Bolsa Moradia;
Que os parâmetros de seleção da bolsa BAAE I e Moradia, elaborados pela Assembleia Geral de Moradia, sejam encampados pela universidade;
Ônibus que faça o percurso de volta das/dos estudantes da FFC - Marília para a moradia e o Bairro Jardim Cavallari;
Reforma dos blocos da moradia, principalmente o 3, o qual ainda não foi reformado.

BOLSAS BAAE:
Que todas as bolsas BAAE I, II e III sejam de 12 meses. Fim das Bolsas de 10 meses;
Que o valor das bolsas BAAE I, II e III seja de um salário mínimo com reajuste anual de acordo com a inflação;

RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO:
Construção de um novo Restaurante Universitário que atenda a demanda da comunidade Unespiana e Mariliense;
Que o Restaurante Universitário ofereça café da manhã, com contratação de funcionárias/os públicas/os;
Volta do pão e da farinha de mandioca no Restaurante Universitário;
Acréscimo de uma opção vegetariana todos os dias no R.U;

AUXÍLIOS
Auxilio Transporte e Alimentação para estudantes do estágio e do Aprimoramento em Fonoaudiologia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, assim como para todas/os as/os estudantes que precisem realizar estágios obrigatórios;
Carteirinha de identificação de estudante de pós-graduação para estudantes do Aprimoramento; assim como espaço adequado para alimentação das/dos aprimorandas/os, pois elas/es cumprem 40 horas semanais obrigatórias no campus 2 (CEES).
CCI – CENTRO DE CONVIVÊNCIA INFANTIL
Ampliação do número de vagas ofertadas do Centro de Convivência Infantil (CCI) e contratação de funcionárias/os públicas/os em regime de CLT;
Adequação do funcionamento do CCI (organização, gestão e financiamento) às leis nacionais acerca do funcionamento de instituições de Educação Infantil.

CONTRATAÇÃO DE PROFESSORES
Contratação imediata de mais professoras/es RDIDP para os estágios de Fisioterapia, assim como mais contratações em todos os cursos, além daqueles que já estão em processo de contratação;

CAUM
Reconhecimento da coordenação discente como representante do cursinho na faculdade e comunidade da região de Marília;
Reconhecimento das formas de organização do cursinho, enquanto estrutura horizontal;
Legitimação do nosso processo seletivo para integrantes do projeto
Autonomia na decisão para escolha dos materiais didáticos;
Salas de aulas mais amplas;
Acesso aos espaços da FFC: Biblioteca, LABI e Moradia para os estudantes ouvintes e matriculados;
Verdadeira acessibilidade na estrutura da FFC e para as necessidades em salas de aula;
Contratação de intérprete de libras através concurso público;
Acesso aos materiais de secretaria para as demandas do cursinho;

BIBLIOTECA
Reforma e ampliação da biblioteca da FFC que atenda a demanda da comunidade acadêmica, estudantes do CAUM e marilienses;
PIMESP
Não ao PIMESP! Por cotas sociais e étnicas proporcionais a toda população do estado;

CURSOS
Laboratórios para os cursos da área da saúde;
Contra a deliberação 111 de 2012;
Ampliação do laboratório de conservação de arquivologia (Cees);
Aumento dos materiais gerais para os estágios de Fonoaudiologia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional.

SOLICITAÇÕES
Que a atual Pró-Reitora de Extensão (Mariângela Fujita) venha à FFC - Marília para uma reunião aberta com as/os estudantes com pauta única a respeito das Bolsas e Projetos de Extensão;
Que o Reitor venha à Marília negociar com os estudantes em greve e ocupados, convidando também os estudantes de Ourinhos e Assis que também estão em greve;

MOÇÕES
Abaixo à Repressão ao Movimento Estudantil, às/aos trabalhadoras/es e movimentos sociais;
Apoio à greve dos professores da rede publica.

Carta à Comunidade da FFC


Desde 17 de abril desse ano, os estudantes começaram um movimento grevista na Universidade Estadual Paulista (UNESP). As mobilizações começaram por conta das pautas específicas de cada campus; no caso de Marília, o Restaurante Universitário já não atendia a demanda desde sua construção, a Moradia Estudantil sofrendo de superlotação ano após ano, faltam professores RDIDP em diversos cursos e os projetos de extensão foram atacados em relação à aquisição de materiais e à duração das bolsas.

No dia 23 de abril, os estudantes da FFC deflagraram greve e ocuparam o prédio da Direção e após duas Congregações Abertas da unidade conseguimos a garantia da ampliação do Restaurante Universitário. Porém, logo o Comando Local de Greve percebeu que não era só em Marília que esses problemas existiam.

Já em seguida, nos dias 4 e 5 de maio, ocorreu o Conselho de Entidades Estudantis da UNESP-FATEC (CEEUF), em Ourinhos, que contou com a presença de 32 entidades de 12 campi, delegações da USP, UNICAMP e UNILA e lideranças indígenas, com o intuito de aprofundar os debates sobre permanência estudantil e o Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista (PIMESP), que se posicionou contra o programa de cotas do estado e exigiu uma reunião com a Reitoria.

No dia 17 de maio, enquanto cerca de 700 estudantes se manifestavam em frente à Reitoria, a reunião de negociação aconteceu a portas fechadas. Após horas a fio, conquistamos uma reunião com a Assessoria Jurídica da Universidade para discutir os processos de sindicância que estão acontecendo nas unidades de Franca e Araraquara e a legalização do Diretório Central de Estudantes, mas por enquanto nada foi discutido em relação às nossas reivindicações.

No mesmo dia, foi realizada uma Plenária Estadual para debater a situação do movimento de greves, que discutiu a necessidade de prosseguir na luta, tendo em vista a falta de disposição dos dirigentes da universidade em debater nossos direitos. Assim sendo, decidiu-se pela construção da greve em todas as unidades da UNESP e pela ocupação das Direções locais para que a Reitoria enxergue a urgência de nossas pautas.

Mais do que nunca, é necessário fortalecer o movimento, que vem sendo tratado por intransigente, mas que nunca se negou ao diálogo fraterno, tanto aqui na FFC, quanto a nível estadual. Por isso chamamos à todas/os as/os estudantes que participem dos Comando de Greve/Ocupação e das Assembleias a fim de continuarmos construindo esse movimento que vem crescendo estadualmente cada vez mais. Para que possamos sair vitoriosos e com nossas pautas atendidas, a presença e contribuição de cada um são de suma importância.

Todas/os à Assembleia Geral dia 22/05!!
Todas/os aos Comandos de Greve/ocupação!!

Comando de Mobiização

Carta aos Estudantes da FFC

Desde 17 de abril desse ano, os estudantes começaram um movimento grevista na Universidade Estadual Paulista (UNESP). As mobilizações começaram por conta das pautas específicas de cada campus; no caso de Marília, o Restaurante Universitário já não atendia a demanda desde sua construção, a Moradia Estudantil sofrendo de superlotação ano após ano, faltam professores RDIDP em diversos cursos e os projetos de extensão foram atacados em relação à aquisição de materiais e à duração das bolsas.

No dia 23 de abril, os estudantes da FFC deflagraram greve e ocuparam o prédio da Direção e após duas Congregações Abertas da unidade conseguimos a garantia da ampliação do Restaurante Universitário. Porém, logo o Comando Local de Greve percebeu que não era só em Marília que esses problemas existiam.

Já em seguida, nos dias 4 e 5 de maio, ocorreu o Conselho de Entidades Estudantis da UNESP-FATEC (CEEUF), em Ourinhos, que contou com a presença de 32 entidades de 12 campi, delegações da USP, UNICAMP e UNILA e lideranças indígenas, com o intuito de aprofundar os debates sobre permanência estudantil e o Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista (PIMESP), que se posicionou contra o programa de cotas do estado e exigiu uma reunião com a Reitoria.

No dia 17 de maio, enquanto cerca de 700 estudantes se manifestavam em frente à Reitoria, a reunião de negociação aconteceu a portas fechadas. Após horas a fio, conquistamos uma reunião com a Assessoria Jurídica da Universidade para discutir os processos de sindicância que estão acontecendo nas unidades de Franca e Araraquara e a legalização do Diretório Central de Estudantes, mas por enquanto nada foi discutido em relação às nossas reivindicações.

No mesmo dia, foi realizada uma Plenária Estadual para debater a situação do movimento de greves, que discutiu a necessidade de prosseguir na luta, tendo em vista a falta de disposição dos dirigentes da universidade em debater nossos direitos. Assim sendo, decidiu-se pela construção da greve em todas as unidades da UNESP e pela ocupação das Direções locais para que a Reitoria enxergue a urgência de nossas pautas.

Mais do que nunca, é necessário fortalecer o movimento, que vem sendo tratado por intransigente, mas que nunca se negou ao diálogo fraterno, tanto aqui na FFC, quanto a nível estadual. Por isso convidamos todas/os as/os estudantes para participar do Comando Local de Greve e das Assembleias a fim de continuarmos construindo esse movimento, que vem crescendo cada vez mais. Para que possamos sair vitoriosos e com nossas pautas atendidas, a presença e contribuição de cada um são de extrema importância.

Todas/os à Assembleia Geral no dia 22 de maio, na Direção Okupada!
Todas/os ao Comando Local de Greve!

Moção de apoio do ANDES Seção Nacional


Os estudantes da UNESP estão em greve para reivindicar melhores condições de permanência estudantil na Universidade. A greve teve início no campus de Ourinhos, motivada pelo atraso de dois meses no pagamento de bolsas de extensão, além do não pagamento das bolsas de pesquisa nos meses de férias, bem como devido à ausência de moradia estudantil e restaurante universitário. A greve já se estendeu por outros campi. Os estudantes reivindicam moradia, ampliação das bolsas de permanência e alimentação e protestam contra a aprovação do programa de inclusão estudantil por mérito – PIMESP.

A diretoria do ANDES-SN solidariza-se com o pleito dos estudantes da UNESP e manifesta-se pelo rápido atendimento de suas reivindicações.

Diretoria do ANDES-SN

Brasília, 20 de maio de 2013

Nota de Esclarecimento

Nesta quarta-feira a greve dos estudantes e ocupação na UNESP de Marília completam um mês. A mobilização estadual vem demonstrando sua organização e potencialidade: fizemos um ato com pelo menos 700 estudantes na reitoria que contava com a participação de representantes de no mínimo 12 campi; organizamos um dia de paralisação estadual com aderência de 11 unidades da UNESP e para não mencionarmos a paralisação do IFCH da Unicamp, outras unidades da UNESP também estão com indicativo de ocupação das suas respectivas direções.

Localmente, a direção da FFC vem atuando de maneira que muito destoa da sua proposta de campanha que garantiu a eleição da chapa com amplo apoio de trabalhadores e professores. Um dos principais eixos da mesma campanha foi a contraposição à gestões anteriores, caracterizadas como antidemocráticas e de direita, porém cabe salientar que nem mesmo estas direções, tão criticadas pela “Gestão Participativa”, se utilizaram dos mesmos métodos intransigentes que a atual direção vem usando para desgastar a mobilização estudantil, como:
1) Soltar “Notas de Esclarecimento” com o claro intuito de minar a mobilização dos estudantes ao divulgar informações inverdadeiras sobre a greve e a ocupação;
2) ORDENAR AOS FUNCIONÁRIOS DAS FINANÇAS O CORTE DAS BOLSAS ESTUDANTIS;
3) Orientar os departamentos a tirarem posição sobre a greve e a ocupação depois de afirmar não se envolver em qualquer atividade política dentro da faculdade;

Esperamos, por meio desta nota esclarecer ao conjunto dos estudantes o posicionamento do Comando de Greve Estudantil com relação as colocações feitas pelo Diretor, prof. José Carlos Miguel, a respeito das mobilizações no campus das quais discordamos pontualmente.

Uma das acusações mais repetidas é a de “intransigência e incapacidade para diálogo por parte de um grupo minoritário de estudantes”. Esta se mostra extremamente inconsistente, pois desde o início do processo, os estudantes se predispuseram a deixar livres os espaços de trabalho no prédio ocupado e a participar de todos os espaços de negociação propostos pela direção. Inclusive, mesmo após a recusa dos funcionários de trabalharem na direção ocupada, os estudantes sempre permitiram a entrada de funcionários no prédio para a retirada de documentos e materiais necessários para dar encaminhamentos aos processos necessários à comunidade acadêmica e, em momento algum a direção soltou qualquer nota de esclarecimento para mencionar estes eventos.

TODOS À ASSEMBLÉIA GERAL DO DIA 22 DE MAIO!
BARRAR A CAMPANHA DE DIFAMAÇÃO DA DIREÇÃO!
PELA MANUTENÇÃO DA MOBILIZAÇÃO PARA CONQUISTAR A PAUTA DE REIVINDICAÇÕES!

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Deu no Brasil de Fato: estudantes em luta em defesa da universidade pública



Ato estadual pela educação acontece amanhã em São Paulo

Nesta sexta-feira, 17 de maio, serão realizados, em São Paulo, a plenária estadual de estudantes, professores e movimentos sociais, às 9h00, na saída do metrô Anhangabaú, e o ato unificado pela educação pública, às 14h00, em frente à reitoria da UNESP, na Rua Quirino de Andrade, 215, Anhangabaú

16/05/2013

Renato Ribeiro*

Assim como as demais universidades estaduais e a educação básica em geral, a UNESP se insere em um cenário de crescente precarização que atinge estudantes, servidores e docentes em diversos aspectos. Entre os principais problemas estão a diminuição e a pouca efetividade das políticas de permanência estudantil (medidas destinadas aos estudantes de baixa renda para poderem concluir seus cursos), o aumento da terceirização do quadro de funcionários e a sobrecarga dos docentes provocada pelo baixo número de contratações e pela cobrança exacerbada de produtividade acadêmica.

Além disso, no fim de 2012, o governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou o Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista (PIMESP), que prevê cotas por mérito, enquanto o modelo adotado pelo governo federal propõe cotas raciais e sociais, como defendidas pelos movimentos sociais.

O PIMESP tem sido amplamente rechaçado pela comunidade acadêmica em geral e por diversos setores da sociedade civil por seu caráter discriminatório e precarizador, mas já foi pré-aprovado pela Conselho Universitário da UNESP.

Dentro desse quadro, os campi de Ourinhos, Marília e Assis entraram em greve, motivando a realização do encontro do Conselho de Entidades Estudantis da UNESP-Fatec (CEEUF), nos dias 4 e 5 de maio, em Ourinhos. Estavam presentes cerca de 370 alunos, 32 entidades e 12 campi. Deliberou-se uma Quinzena Estadual de Mobilização, de 6 a 17 de maio, com debates, realizados em cada unidade, sobre acesso à universidade e permanência estudantil, estrutura de poder na universidade e Projeto de Educação/PIMESP, além da chamada de um Ato Unificado na Reitoria na sexta-feira, 17 de maio, de modo a unificar a luta pela educação com professores da rede municipal e estadual.

No dia 14 de maio, terça-feira, 10 campi da UNESP (Araraquara, Assis, Botucatu, Franca, Marília, Ourinhos, Rio Claro, São José do Rio Preto, São Paulo e São Vicente) e o Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da UNICAMP paralisaram as atividades para refletir sobre as questões e deliberar sobre as ações a serem tomadas.

Nesta sexta-feira, 17 de maio, serão realizados, em São Paulo, a plenária estadual de estudantes, professores e movimentos sociais, às 9h00, na saída do metrô Anhangabaú, e o ato unificado pela educação pública, às 14h00, em frente à reitoria da UNESP, na Rua Quirino de Andrade, 215, Anhangabaú.

Embora o movimento tenha surgido nos campi da UNESP, espera-se a participação de outras universidades, professores das redes estaduais e municipais, movimentos sociais e indivíduos envolvidos na luta por uma educação pública de qualidade, verdadeiramente democrática e inclusiva.

A pauta unificada de reivindicações inclui:

- mais verba para a educação básica e superior. 11% do ICMS para as três universidades estaduais e 2% para o Centro Paula Souza;

- contra o PIMESP, a favor de cotas proporcionais;

- por políticas efetivas de permanência estudantil:

1) construção de Restaurantes Universitários nas unidades que não os possuem; prática de preço unificado e reduzido

2) construção imediata de moradias estudantis nas unidades que não as possuem

3) bolsas de caráter socioeconômico no valor de um salário mínimo e reajuste de acordo com a inflação, com duração de 12 meses e que atendam a toda a demanda

4) lei estadual de permanência estudantil

- revogação do estatuto da UNESP concebido na ditadura; construção de uma nova Estatuinte, com participação de toda a comunidade acadêmica

- reajuste salarial dos docentes e técnico-administrativos.

 *Renato Ribeiro é estudante da Unesp

Todas e todos ao ato na Reitoria, no Anhagabaú, 17/05!!!!



Vídeo-Chamado para o Ato Unificado dia 17/05, no Anhagabaú, em SP: A reitoria vai tremer!!!!

http://www.youtube.com/watch?v=KratwynP434

terça-feira, 14 de maio de 2013

Fortalecer a greve e as ocupações da UNESP


Entramos num momento decisivo da mobilização da UNESP. Praticamente todas as unidades da UNESP estão fazendo assembleia e 10 já votaram por paralisar dia 14/05 e construir o ato na Reitoria na sexta feira dia 17 de maio! A luta contra o PIMESP começa a se expandir para a USP e UNICAMP! A intransigência da reitoria frente nossas demandas só evidencia a falta de democracia e o autoritarismo da atual estrutura da universidade! 
Na assembleia que decidiu pela greve e pela ocupação em Marília discutimos a necessidade de ter delegados por curso para construirmos a greve e a ocupação em conjunto, debatendo as politicas para o movimento. Convocamos estes delegados tirados em assembleias de curso e o conjunto dos estudantes da FFC a organizar e participar do comando de mobilização que ocorre sempre às 19 horas na Direção Ocupada! Nesta próxima quarta, 15/05, teremos uma importante assembleia que debaterá os rumos de nosso movimento! 

Nessas três semanas de ocupação e greve geral passamos por várias dificuldades, como a paralisação dos/das funcionárias/os e as declarações autoritárias da direção clamando pela desocupação do prédio e acusando o movimento de intransigência.

Por conta de manobras da direção do sindicato em assembleias, negando a participação dos alunos ao mesmo tempo em que permitiu a presença de docentes e representantes de outras instâncias da faculdade, a paralisação dos funcionários acarretou na falta de materiais básicos para o CEES prejudicando o atendimento à população trabalhadora de Marília e região, contratações foram atrasadas, licitações, folha de pagamento e bolsas.

Desde o começo da greve e da ocupação o movimento estudantil escreve panfletos e tenta esclarecer a situação, dando informes de que a Ocupação da Direção seria organizada de modo em que fosse possível trabalhar em condições adequadas (liberamos os corredores, deixamos todos os banheiros limpos e isolamos as áreas de trabalho do restante da ocupação). Porém nossa proposta deliberada em assembleia foi inicialmente negada. Na última semana a proposta dos estudantes foi rediscutida. Em uma das assembleias dos funcionários a direção da faculdade se declarou contra a volta das atividades da faculdade, e, caso os trabalhadores voltassem, que o pagamento das bolsas fosse protelado. Claramente a direção joga os funcionários contra os estudantes para dividir a base estudantil, o que faz também dando declarações que chama os estudantes a se organizar contra a greve e a ocupação.

Na segunda feira (13/05/2013), mesmo com a volta ao trabalho, a questão das bolsas está suspensa. Queremos a partir disso dialogar com os trabalhadores: a forma com que a direção pressiona os estudantes é a mesma forma com que as reitorias pressionam os funcionários quando estão mobilizados (vide o corte de ponto realizado em 2010 contra os trabalhadores da USP, UNICAMP e, no fim da greve, contra a UNESP). Suspender o pagamento das bolsas para que os estudantes se desmobilizem é uma velha tática que agora esta sendo usada por uma Direção que reivindicou a democracia e o diálogo. Se a direção, de fato, acredita na democracia e no diálogo, por que o professor José Carlos não deixa os próprios estudantes decidirem os rumos da mobilização ? Por que o diretor se posicionou contra a volta dos funcionários? 

Esclarecemos que os estudantes de Marília não organizaram em conjunto com Assis e Ourinhos caravanas para a negociação com a reitoria no dia 10 de abril, como alegou a direção local para justificar o cancelamento da negociação com a reitoria. Mas sim defendemos a proposta de que todos os campis em greve deveriam participar da negociação com o reitor. Por acaso Assis e Ourinhos não são responsabilidade da Reitoria? Nossas demandas não são as mesmas?

Reafirmamos que temos pautas locais importantes ainda não encaminhadas. Estas pautas locais dizem respeito ao CAUM, que tem em sua reivindicação desde materiais didáticos e folhas sulfites até a questão da autonomia política e didática do projeto, que está sendo questionada pela atual Direção.

Chamamos os funcionários novamente a se aliarem aos estudantes, pois a Reitoria não está disposta a negociar nem o aumento salarial para os trabalhadores e nem a pauta dos estudantes e professores. Pedimos que os trabalhadores encaminhem o pagamento das bolsas com a devida urgência, pois se trata do sustento de muitos.

Chamamos novamente todos os estudantes a participem de uma das maiores lutas da UNESP! Com o fortalecimento da mobilização seremos vitoriosos!

Todos ao ato dia 17 de maio na Reitoria (interessados encaminhar ao Comando de Greve e Ocupação o nome e o RG).

sábado, 11 de maio de 2013

Moção de Apoio do Coletivo Quebrando Muros da UFPR!!!


O Coletivo Quebrando Muros vem através desta manifestar solidariedade @s estudant@s da ocupação do campus da Unesp de Araraquara, assim como gostaríamos de expressar solidariedade @s estudant@s em greve nas Unesp's de Marília, Ourinhos, Bauru e Assis.Sabemos que as condições de estudo são precárias, e a falta de assistência universitária contribui para a exclusão d@s filh@s da classe trabalhadora, funcionando como um segundo vestibular, na medida em que @s estudantes não conseguem se manter na universidade por falta de recursos financeiros. A organização dos estudantes é a única forma de fazer avançar a luta em prol de uma universidade pública, gratuita e de qualidade; exigindo melhores condições de ensino,bolsas, moradias universitárias, creche para as mães/alunas/funcionárias/professoras, e muitas outras demandas interna aos próprios estudantes. Assim como a ação coletiva e organizada d@s estudantes é a única forma de fazer recuar a repressão imposta pelo Estado.Nós do coletivo Quebrando Muros atuamos nas greves de 2011 e 2012 na Universidade Federal do Paraná, guiados por alguns princípios como ação direta, autogestão, federalismo,solidariedade classista, conseguimos intervir e ajudar na organização dos estudantes no qual o protagonismo da luta fosse dos mesmos. Organizados por local de estudo, conseguimos arrancar da burocracia algumas conquistas como creche para as mães da comunidade universitária, aumento na quantidade e o valor das bolsas, acessibilidade @scomp@s com algum tipo de deficiência,restaurante universitário em tempo integral (café, almoço e janta em todos os dias da semana), entre outras demandas.Em 2012, tocamos uma greve longa de 3 meses e ocupamos a reitoria por 19 dias. Foi a partir da ação direta dos estudantes e organização por local de estudo (na base) que conseguimos força para arrancar da burocracia todas estas conquistas. Com isso gostaríamos de dizer para @s comp@sem greve e que estão ocupando as reitorias que somente a luta e organização dos estudantes vai impor derrotas ao Estado, um dos responsáveis por aplicar a agenda política imposta pela classe dominante. Assim saudamos a luta d@s estudantes e manifestamos todo o nosso apoio,pois como dizem os zapatistas, “si tocan a uno, nos tocan a tod@s”.Arriba l@s que luchan!Coletivo Quebrando Muros, 09/05/13

Solidariedade ao Movimento Passe-Livre de São Paulo


 Caros e Caras,

Em junho de 2013 a tarifa de ônibus da cidade de São Paulo irá aumentar novamente. O Movimento Passe Livre já está organizando a mobilização contra o aumento, fazendo articulações, trabalhos de base, preparando  atos.

Para rodar os panfletos, imprimir cartazes, comprar e fazer a manutenção de instrumentos, fazer faixas; nós precisamos de dinheiro. Como o MPL  organiza-se de maneira autonoma, não está associado a nenhum partido, empresa ou organização governamental. As atividades cotidianas do  movimento costumam ser financiadas pela venda de camisetas, realização de  cervejadas e também com o dinheiro pessoal dos militantes. Contudo, a luta  contra o aumento tem um custo maior que essa capacidade de financiamento,
 por isso estamos pedindo a contribuição para um fundo da luta contra o aumento.

Os dados para o depósito são:
Caixa Economica Federal
 Agência 1365
Operação: 013 (poupança)
 Conta: 00021371-3
 Erica Oliveira do Nascimento
 CPF 384584808-16

 Movimento Passe Livre São Paulo

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Rizoma, USP: Nota de apoio e solidariedade às mobilizações das UNESP



Sem sombra de dúvidas, a universidade se configura – e sempre se configurou na história – como um dos espaços de consolidação de privilégios e dominação das elites, e da acentuação de desigualdades em nossa sociedade,dando encaminhamento à divisão do trabalho nos mais diversos níveis:social, intelectual e braçal, racial,territorial e sexual.

O ambiente universitário que se encontra a partir dessas divisões e desigualdades é de extrema “homogeneidade”, sendo que esse processo de conservação da ordem estabelecida encontra apoio principalmente na barreira social que é o vestibular, um mecanismo que exclui milhares de estudantes por ano, e na insuficiência deliberada dos programas de permanência estudantil, que acaba por excluir aquelxs que passaram pelo primeiro filtro mas que ainda possuem a pressão econômica das despesas com moradia, alimentação e materiais, o que muitas vezes exige dessxs o acréscimo de uma jornada de trabalho/estágio como fonte de renda complementar. Não podemos deixar de pensar também nessa vivência acadêmica sem entender a soma concomitante dos problemas externos de ordem familiar, opressiva e pessoal.


Entendemos, portanto, as cotas (sociais e raciais), habitações e residencias estudantis, bolsas assistenciais de moradia, alimentação, iniciação científica, de apoio acadêmico e de estágio como essenciais à permanência estudantil dxs estudantes negrxs, indígenas e pobres, frente ao papel elitista, patriarcal e racista representado pela universidade no Brasil.

Por isso consideramos as mobilizações estudantis como as armas defensoras das conquistas obtidas ao longo de muitas lutas, sendo a ação direta (ocupações, atos, assembleias e greves) nosso principal trunfo combativo nos rumos e garantias de mais vitórias e ampliação de direitos que nos auxiliem na tomada da universidade e transformação de seu papel dentro de nossa sociedade.

Por isso, nós da Tendência Libertaria Autônoma RIZOMA, por meio desta nota declaramos nosso total apoio, solidariedade e confiança às lutas e resistências travadas por meio das greves e ocupações que se passam nos campi da UNESP. Compreendemos as semelhanças entre os problemas que enfrentamos na USP – a crescente ofensiva repressiva contra os movimentos sociais, exemplificada pelos processos administrativos e criminais movidos contra estudantes e trabalhadorxs, a estagnação da quantidade e valores das bolsas de assistência à permanência estudantil, para não citar a tentativa de nos enfiar goela abaixo um regime de apartheid disfarçado como política afirmativa ao povo negrx, representado pelo PIMESP – e as pautas do Movimento de Luta da UNESP. Além disso, vemos a opção por métodos combativos escolhidos e construídos horizontalmente junto a estudantes e trabalhadorxs como um objetivo a ser encabeçado por todos os movimentos que buscam a mudança radical da sociedade, não importando a categoria ou o local de luta.

Por meio de greve e ocupação já em três campus – Assis, Marília e Ourinhos – xs estudantes e trabalhadorxs reivindicam melhorias na permanência estudantil e posicionam-se contra o PIMESP (já aprovado pela burocracia universitária da UNESP: leia mais em https://rizoma.milharal.org/2013/04/29/unesp-aprova-o-pimesp/ ).

Acompanhe através do blog da UNESP de Marília todos os passos desta mobilização, bem como o detalhamento das pautas de reivindicação de cada campus em luta! http://greve-ocupacaounespmarilia2013.blogspot.com.br/

Salud compas!

Abraços de resistência,

Rizoma

CHAMADO À MOBILIZAÇÃO ESTADUAL DIA 17 DE MAIO EM SP:

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PLENÁRIA DE ESTUDANTES E PROFESSORES PELA MANHÃ NA FRENTE DO METRÔ ANHAGABAÚ

ATO EM FRENTE À REITORIA DA UNESP À TARDE!

POR PERMANÊNCIA ESTUDANTIL PLENA! CONTRA O PIMESP: POR COTAS DE VERDADE! DEMOCRATIZAÇÃO DA UNIVERSIDADE: POR UMA ASSEMBLEIA UNIVERSITÁRIA QUE ACABE COM OS ESTATUTOS DA DITADURA!

A situação nas estaduais paulistas chegou a um momento crítico. Enquanto na UNESP a reitoria vem pra cima de trabalhadores e estudantes especialmente, querendo impor o grave ataque neoliberal do PIMESP, na esteira de seu planejamento estratégico privatista exposto no documento do PDI; a USP está ocupada pela polícia há quase dois anos, e estudantes em luta contra o estado militar são tratados como bandidos de alta periculosidade, ao mesmo tempo em que políticos corruptos colarinho branco, como Maluf circulam nos salões da burguesia; na UNICAMP, o avanço da terceirização e precarização do trabalho chega a níveis alarmantes.

Dizemos: Basta! Não aceitaremos mais um projeto de universidade de elite, sem políticas de permanências, para os pobres e filhos da classe trabalhadora que conseguem atravessar o filtro segregador do vestibular. Somos nós mesmos e nossos pais que sustentam esta universidade, foi o suor do povo que a construiu. Exigimos que o governo do estado de São Paulo e os reitores garantam políticas unificadas de permanência estudantil, afim de possibilitar que estudantes de baixa renda concluam seus cursos com tranquilidade, como forma de avançar na democratização da escola publica, levando em conta a história do Brasil e da formação do povo brasileiro.

Dizemos: Basta! Não aceitaremos que nos empurrem goela abaixo um programa racista e discriminatório como o PIMESP, que sob um verniz de cotas, traz em seu bojo um grave ataque neoliberal e precarizador das relações de trabalho, ensino e estudo. Não passarão! Os estudantes desta universidade declaram-se partidários de cotas proporcionais ao total da população do estado. Queremos que as entidades e movimentos historicamente ligados a questão das cotas participem dos debates e das decisões.

Exigimos que imediatamente se iniciem os procedimentos necessários para a instalação de uma Assembleia Universitária que modifique os estatutos da ditadura, e democratize as estruturas de poder, dando peso real decisório a categoria de trabalhadoras e trabalhadores e de estudantes. Não é admissível, sob nenhum ponto de vista, que uma universidade seja dirigida por castas privilegiadas --- que ironicamente se dizem partidários de cotas.

Fazemos o chamado a todos os estudantes e entidades estudantis, professores, movimentos populares e organizações do povo, a comporem a PLENÁRIA ESTADUAL DE ESTUDANTES, PROFESSORES E MOVIMENTO SOCIAIS afim de avançarmos nas mudanças estruturais necessária para garantirmos um país justo.

Ourinhos, 5 de maio de 2013

Conselho de Entidades Estudantis da UNESP-FATEC

Pauta de reivindicações das/os Estudantes da FFC-UNESP/Marília.

MORADIA ESTUDANTIL:

Construção imediata de um novo Bloco na Moradia Estudantil da FFC-Marília com acessibilidade plena; e que as/os estudantes do CAUM e pós-graduandas/os (aprimoramento, especialização, mestrado e doutorado) possam pleitear a Bolsa Moradia;

Que os parâmetros de seleção da bolsa BAAE I e Moradia elaborados pela Assembléia Geral de Moradia sejam encampados pela universidade;

Ônibus que faça o percurso de volta das/dos estudantes da FFC-Marília para a moradia e o Bairro Jardim Cavallari;

BOLSAS BAAE:

Que todas as bolsas BAAE I, II e III sejam de 12 meses. Fim das Bolsas de 10 meses;

Que o valor das bolsas BAAE I, II e III seja de um salário mínimo com reajuste anual de acordo com a inflação; 

RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO:

Construção de um novo Restaurante Universitário que atenda a demanda da comunidade Unespiana e Mariliense; 

Que o Restaurante Universitário ofereça café da manhã, com contratação de funcionárias/os públicas/os; Volta do pão e da farinha de mandioca no Restaurante Universitário; 

Acréscimo de uma opção vegetariana todos os dias no R.U;

AUXÍLIOS

Auxilio Transporte e Alimentação para estudantes do estágio e do Aprimoramento em Fonoaudiologia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, assim como para todas/os as/os estudantes que precisem realizar estágios obrigatórios.

Carteirinha de identificação de estudante de pós-graduação para estudantes do Aprimoramento; assim com espaço adequado para alimentação das/dos aprimorandas/os, pois elas/es cumprem 40 horas semanais obrigatórias no campus 2 (CEES).

CCI – CENTRO DE CONVIVÊNCIA INFANTIL

Ampliação do número de vagas ofertadas do Centro de Convivência Infantil (CCI) e  contratação de funcionárias/os públicas/os em regime de CLT;

Adequação do funcionamento do CCI (organização, gestão e financiamento) às leis nacionais acerca do funcionamento de instituições de Educação Infantil.

CONTRATAÇÃO DE PROFESSORES

Contratação imediata de mais professoras/es RDIDP para os estágios de Fisioterapia, assim como mais contratações em todos os cursos, além daqueles que já estão em processo de contratação;  

BIBLIOTECA

Reforma e ampliação da biblioteca da FFC que atenda a demanda da comunidade acadêmica, estudantes do CAUM  e  marilienses;

PIMESP

Não ao PIMESP. Por cotas sociais e étnicas proporcionais a toda população do estado.

SOLICITAÇÕES

Que a atual Pró-Reitora de Extensão (Maria Ângela Spoti Fujita) venha à FFC-Marília para uma reunião aberta com as/os estudantes com pauta única a respeito das Bolsas e Projetos de Extensão;
Que o Reitor venha à Marília negociar com os estudantes em greve e ocupados, convidando também os estudantes de Ourinhos e Assis que também estão em greve.

Abaixo a Repressão ao movimento estudantil, as/aos trabalhadoras/es e movimentos sociais. 
Apoio à greve dos professores da rede publica.