BOLETIM
CONJUNTO
SINTUNESP
– ADUNESP – CEEUF (08/06/2013)
Em longa negociação, reitoria e
entidades discutem
os seis pontos da pauta conjunta
Entidades mantém indicativo de greve e remetem avaliação às
assembleias
A negociação conjunta entre as entidades
representativas (Sintunesp, Adunesp e Conselho de Entidades Estudantis
Unesp/FATEC – CEEUF) e a reitoria da Unesp, na sexta-feira, 7/6, durou sete
horas. Pela reitoria, estavam presentes o reitor Julio Cezar Durigan, os
pró-reitores Laurence Duarte Colvara (Graduação) e Mariângela Spotti Lopes
Fujita (Extensão Universitária), além de outros assessores. Pelo movimento,
participaram 6 representantes do Sintunesp, 4 da Adunesp e 10 estudantes.
As entidades expuseram as razões que
levaram à greve (naquele momento, servidores parados em 13 campi, estudantes em nove e professores em três, além de
paralisações parciais dos três segmentos em vários outros campi) e detalharam os seis pontos que compõem a pauta conjunta.
A seguir, acompanhe os as discussões e
encaminhamentos de cada ponto:
Permanência estudantil
Foi definida a criação de uma comissão
permanente e paritária para estabelecer diretrizes e estratégias de
padronização para a permanência estudantil (moradia, RU, bolsas etc).
No 11/6, uma comissão de 10 estudantes vai
se reunir com a pró-reitora de Extensão Universitária para debater pontos
emergenciais. “Há a possibilidade de fazermos remanejamento de recursos do PDI
para atender reivindicações imediatas”, afirmou a professora Mariângela.
Também ficou definida uma reunião (ainda
sem data) com a Assessoria Jurídica da Unesp para tratar do registro e
regularização do DCE, bem como das sindicâncias contra estudantes.
Pimesp
Os representantes das entidades
reafirmaram posição contrária ao Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior
Público Paulista (Pimesp), por considerá-lo excludente e absolutamente
insuficiente. Os estudantes informaram que estão discutindo o assunto no âmbito
do CEEUF e que apresentarão uma proposta alternativa ao Pimesp.
O reitor afirmou que o
Conselho Universitário (CO) aprovou apenas que a Unesp fará a inclusão. “Como
isso será feito ainda é uma questão em aberto”, disse. Segundo ele, há a
disposição em prosseguir com as discussões sobre o assunto.
Paridade entre os três
segmentos nos órgãos colegiados da Universidade
O reitor concordou em retirar da pauta da
próxima reunião do CO, em 27/6, o tema da paridade. A reitoria indicará às
unidades que façam ciclos de debates e que discutam o assunto nas congregações
locais. Somente depois disso a questão voltará ao CO.
Reajuste salarial de 11%
para servidores técnico-administrativos e docentes
Durigan reafirmou que o reajuste de 5,39%
é o limite a que o Cruesp dispõe-se a chegar. No entanto, caso a arrecadação do
ICMS seja positiva, há a possibilidade de nova negociação em setembro ou
outubro. Neste caso, o compromisso do reitor da Unesp é defender junto aos
outros reitores a concessão de um índice adicional no segundo semestre, que
poderia chegar a 2%.
O reitor explicou que a reserva
orçamentária da Unesp para 2013 (o que pode ser efetivamente gasto) é de R$ 200
milhões, mas que a reserva orçamentária (o que existe de fato) é de R$ 480
milhões. Para aumentar a margem de gasto, é preciso alterar a previsão
orçamentária.
Isonomia de pisos e
benefícios
Em relação à reivindicação de isonomia dos
pisos dos servidores com os da USP, o reitor concordou em abrir a discussão.
Serão feitas reuniões periódicas entre Sintunesp e reitoria para levantar os
custos que a Universidade teria com a equiparação integral. Feito o
levantamento, o reitor prometeu “empenho” para que a equiparação seja aplicada
em três anos (2014/2016). Na primeira semana de julho, Sintunesp e reitoria
terão uma negociação específica, onde será iniciada a discussão sobre a
equiparação e tratados os demais pontos da pauta específica do segmento,
inclusive a isonomia de benefícios.
Também acontecerá no início de julho uma
negociação específica entre Adunesp e reitoria, para tratar da isonomia de
salários e benefícios, SPPrev e avaliação docente.
Não à repressão aos
movimentos sociais
Este item ficou
contemplado no primeiro ponto. As sindicâncias contra estudantes serão
discutidas entre a comissão de estudantes e a AJ da Universidade.
Nova reunião conjunta
Após realizadas as reuniões em separado,
será agendada nova reunião conjunta entre as entidades e a reitoria, para
avaliar o andamento das negociações.
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Indicativos às bases: Manutenção da greve e
assembleias para avaliar a negociação até 12/6
Terminada a negociação com a reitoria,
representantes das entidades reuniram-se para uma avaliação preliminar e
definição de indicativos. A realização da negociação e a discussão exaustiva
dos pontos foram considerados pontos positivos por todos, fruto da mobilização
e da força da greve. Até então, não havia nenhuma abertura da reitoria para
negociar as reivindicações do movimento.
A orientação das entidades às bases é de manutenção da greve e realização de assembleias, até 12/6, para
avaliar os resultados da negociação e apontar os próximos passos da luta.
Para 11/6, definido pelo Fórum das Seis
como dia de paralisação e manifestações por universidade, a orientação do
Sintunesp, Adunesp e CEEUF é de realização de atividades, atos e manifestações
locais, nas unidades.
Na quinta-feira, dia 13/6, os três
segmentos voltam a se reunir (logo após a reunião do Fórum das Seis) para
avaliar os resultados das assembleias de base e definir novos indicativos.
SEM ORGANIZAÇÃO, NÃO TEM LUTA!
SEM LUTA, NÃO TEM CONQUISTA!
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