terça-feira, 30 de abril de 2013

Estudantes da UNESP-Marília em luta: Chamado à mobilização



Em Assembleia realizada na última terca-feira, com mais de 600 presentes, os estudantes da UNESP-Marilia aprovaram greve e ocupacao (por unanimidade) da direcao do campus. Exigem: politicas efetivas de permanencia estudantil, abaixo o PIMESP e fim do 70-15-15, por democracai nas universidades.


CHAMADO À MOBILIZAÇÃO ESTADUAL 



Mais uma vez o movimento estudantil da UNESP se coloca contra o projeto privatista de universidade do governo do estado e das reitorias. Desde o dia 17 de abril, os estudantes da UNESP de Ourinhos estão em greve e desde o principio desta semana os estudantes da UNESP de Marília estão também em greve com ocupação da Diretoria da universidade. Por todo o estado as assembleias estudantis pipocam; em Marília, assembleias de curso lotadas , além da própria assembleia geral, com cerca de 600 estudantes, indicam o caminho da continuidade e radicalização da mobilização.

Sabe-se que o projeto de universidade brasileira sempre foi elitista, de forma que diante do direito da população à educação superior, os governos respondem com vestibulares cada vez mais restritivos e com a conivência com os grandes tubarões da educação bem como com a mercantilização desta. Os poucos estudantes de baixa renda que adentram a universidade, apesar do governo, enfrentam ainda outras dificuldades, posto que dependem de políticas consequentes de permanência estudantil, que as reitorias, por força de seu projeto de universidade, insistem em negar. Se se trata de um problema estrutural, este ano a questão agudizou-se: corte de bolsas socieconomicas e de extensão, infraestrutrura de moradias e restaurantes universitários insuficiente, somado a uma reitoria intransigente nas negociações, serviram como estopim para o movimento estudantil dizer basta. 

Além destes problemas estruturais da educação brasileira e diante da demanda de acesso da população às universidades públicas, o governo do Estado de São Paulo este ano elaborou um ataque brutal a UNESP, USP, UNICAMP e ao Centro Paula Souza, que não se via desde os Decretos Serra e a UNIVESP: trata-se do PIMESP. Sob um falso discurso de democratização ao acesso por meio de supostas cotas, o governo e as reitorias tentam a passos largos avançar na privatização das três universidades. Por meio do PIMESP, o governo intenta seguimentar a categoria discente em cotistas e não cotistas, inferiorizando os primeiros, além de implantar, em fato, um projeto de formação sequencial na esteira dos processos de Bolonha, o cerne da política educacional do FMI e Banco Mundial. 

A estes problemas soma-se a carestia de vida, que leva a queda do poder de compra de bolsas e salários, além da onda de perseguições e repressões que há muitos anos as reitorias desencadeiam contra estudantes e trabalhadores. Com este entendimento dos fatos, os estudantes da FFC-UNESP/Marília convocam as entidades que compõe o Fórum das Seis a aderirem aos processos de luta desencadeados por Ourinhos e Marília. Somente a força da unidade dos três setores pode fazer o governo recuar e atender integralmente nossas justas demandas. Chamamos também todos os movimentos populares a aderirem a nossa luta, posto que ela é vossa também. 

Por Políticas de Permanência Estudantil Plenas!!! 

Abaixo o PIMESP: pelo fim do vestibular. Educação é direito e não mercadoria!!! 

Abaixo à repressão e a estrutura de poder: pela real democratização da universidade!!! 

23 de abril de 2013 

Assembléia Geral de Estudantes da FFC-UNESP/Marília 

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