Carta aos Estudantes da FFC
Desde 17 de abril desse ano, os estudantes começaram um movimento
grevista na Universidade Estadual Paulista (UNESP). As mobilizações
começaram por conta das pautas específicas de cada campus; no caso de
Marília, o Restaurante Universitário já não atendia a demanda desde sua
construção, a Moradia Estudantil sofrendo de superlotação ano após ano,
faltam professores RDIDP em diversos cursos e os projetos de extensão
foram atacados em relação à aquisição de materiais e à duração das
bolsas.
No dia 23 de abril, os estudantes da FFC deflagraram greve e
ocuparam o prédio da Direção e após duas Congregações Abertas da
unidade conseguimos a garantia da ampliação do Restaurante
Universitário. Porém, logo o Comando Local de Greve percebeu que não era
só em Marília que esses problemas existiam.
Já em seguida, nos dias 4 e 5 de maio, ocorreu o Conselho de Entidades
Estudantis da UNESP-FATEC (CEEUF), em Ourinhos, que contou com a
presença de 32 entidades de 12 campi, delegações da USP, UNICAMP e UNILA
e lideranças indígenas, com o intuito de aprofundar os debates sobre
permanência estudantil e o Programa de Inclusão com Mérito no Ensino
Superior Público Paulista (PIMESP), que se posicionou contra o programa
de cotas do estado e exigiu uma reunião com a Reitoria.
No dia 17 de
maio, enquanto cerca de 700 estudantes se manifestavam em frente à
Reitoria, a reunião de negociação aconteceu a portas fechadas. Após
horas a fio, conquistamos uma reunião com a Assessoria Jurídica da
Universidade para discutir os processos de sindicância que estão
acontecendo nas unidades de Franca e Araraquara e a legalização do
Diretório Central de Estudantes, mas por enquanto nada foi discutido em
relação às nossas reivindicações.
No mesmo dia, foi realizada uma
Plenária Estadual para debater a situação do movimento de greves, que
discutiu a necessidade de prosseguir na luta, tendo em vista a falta de
disposição dos dirigentes da universidade em debater nossos direitos.
Assim sendo, decidiu-se pela construção da greve em todas as unidades da
UNESP e pela ocupação das Direções locais para que a Reitoria enxergue a
urgência de nossas pautas.
Mais do que nunca, é necessário
fortalecer o movimento, que vem sendo tratado por intransigente, mas que
nunca se negou ao diálogo fraterno, tanto aqui na FFC, quanto a nível
estadual. Por isso convidamos todas/os as/os estudantes para participar
do Comando Local de Greve e das Assembleias a fim de continuarmos
construindo esse movimento, que vem crescendo cada vez
mais. Para que possamos sair vitoriosos e com nossas pautas atendidas, a
presença e contribuição de cada um são de extrema importância.
Todas/os à Assembleia Geral no dia 22 de maio, na Direção Okupada!
Todas/os ao Comando Local de Greve!
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